SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um idoso de 75 anos morreu arrastado por uma onda na manhã desta terça-feira (13) no Leme, na zona sul do Rio de Janeiro.
Uma ressaca no mar entre Santa Catarina e o Espírito Santo tem provocado ondas de até 4 metros de altura segundo a Marinha.
O Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro disse que a vitima estava no caminho dos pescadores para ver o mar e foi pego por uma onda e jogado às pedras. Ele acabou retirado por guarda-vidas, mas morreu.
Por causa das ondas e do mar agitado, a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) está atuando desde a manhã desta terça-feira na limpeza da orla do Leblon, na altura do Posto 11.
A limpeza está sendo realizada por 26 garis, acompanhados uma pá mecânica, uma mini pá carregadeira, um caminhão basculante, um trator de praia, uma varredeira e duas pipas d´água.
O Centro de Operações Rio afirmou que por volta das 8h45 uma faixa da avenida Delfim Moreira, sentido Ipanema, precisou ser interditada após a ressaca do mar invadir a pista da orla, na altura do Posto 11.
Por volta das 9h30, a pista sentido Ipanema precisou ser totalmente interditada, no trecho entre avenida Bartolomeu Mitre e o Jardim de Alah, para o trabalho das equipes de limpeza. O trânsito foi desviado para a avenida Visconde de Albuquerque.
Em Santos, no litoral de São Paulo, o mar invadiu a faixa de areia e causou assoreamento nos canais.
“O trabalho de retirada da areia dos canais poderá ser realizado após o término dos efeitos da ressaca”, disse a prefeitura, em nota, afirmando ainda que não houve danos estruturais na cidade
Equipes da Secretaria das prefeituras regionais, CET-Santos e Defesa Civil, entretanto, estão e de sobreaviso, a fim de minimizar possíveis impactos ocasionados pela alta da maré
A entrada e saída de navios cargueiros no porto de Santos acabou suspensa no início da madrugada desta terça-feira devido às condições climáticas, com ondas de mais de 3 metros.
A medida foi tomada para proteger a costa, pois o deslocamento de água produzido pelas embarcações é potencializado na atual situação do mar. Segundo a Autoridade Portuária, a navegação foi retomada às 16h15 desta terça.
Operações de embarque e desembarque de mercadorias (de navios já atracados e recepção de carga por terra) não foram impactadas.
Ao todo, 11 navios concluíram a operação no cais e tiveram de aguardar autorização para desatracar.
Um alerta da Marinha afirmou que a passagem de uma frente fria afeta a faixa litorânea dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, entre Mangaratiba (RJ) e São Mateus (ES), com ventos de direção oeste a sudoeste e intensidade de até 75 km/h até a noite desta terça-feira.
Também poderá afetar a faixa litorânea dos estados do Espírito Santo e da Bahia, entre São Mateus (ES) e Porto Seguro (BA), com ventos de direção sul a sudeste e intensidade de até 60 km/h.
O mesmo sistema provoca ressaca na faixa litorânea entre Laguna (SC) e Santos (SP), com ondas de direção sul a sudeste e altura de até 3 metros até a tarde de quinta (14).
Também poderá afetar a faixa entre Santos e São Mateus (ES), com ondas de direção sul a sudeste e altura de até 4 metros até quinta-feira.
Conforme os bombeiros do Rio de Janeiro, ressaca é uma elevação anormal do nível do mar na costa, com a presença de fortes correntes de retorno, que puxam para o fundo e também de ondas acima da média, podendo provocar inundação costeira, erosão e a destruição de estruturas em alguns casos.
“É importante que quem esteja em pedras, costões e praias, tome cuidado, pois ondas que não tinham alcance, podem surpreender e causar acidentes e até mesmo a morte”, alerta a corporação.
DICAS DE SEGURANÇA
– Nunca se aproxime de pedras e costões com ondas, pois há um alto risco de acidente
– Se for pescar, esteja sempre de colete salva-vidas
– Caso seja jogado ao mar, mantenha a calma, não lute contra a maré ou tente nadar, flutue e acene por ajuda
– Se quiser ajudar alguém no mar, primeiro ligue 193 e não entre na água para salvar, apenas jogue um material flutuante e aguarde o auxílio profissional
_Fonte: Corpo de Bombeiros_
Redação / Folhapress