SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma eventual sequência do filme “Som da Liberdade” pode ser ameaçada por uma disputa em torno dos direitos autorais da trama, lançada neste ano.
Dirigido por Alejandro Gómez Monteverde, o longa-metragem narra a atuação de Tim Ballard, ex-agente especial do governo dos Estados Unidos.
O filme independente se tornou um sucesso inesperado ao arrecadar US$ 178 milhões desde seu lançamento nos Estados Unidos.
Por esse motivo, especulações sobre uma eventual sequência já começaram. Mike Ilitch Jr., produtor do longa, disse ao site Variety que assinou um acordo com Tim Ballard para ter os direitos exclusivos sobre a história e que a dupla começou recentemente a desenvolver uma continuação.
Ainda segundo o site, o filho de Ilitch Jr. planeja fazer uma série e um documentário sobre Ballard. Ocorre que o diretor do filme, Alejandro Monteverde, também diz ter obtido direitos para narrar a vida de Ballard enquanto escrevia o roteiro.
“Há definitivamente muito interesse em explorar [o assunto] um pouco mais profundamente, porque isto é apenas a ponta do iceberg”, disse o cineasta.
Apesar do sucesso em bilheteria, o longa sofreu represália pela proximidade com teorias conspiratórias do grupo extremista QAnon.
O diretor afirma que as alegações são infundadas, pois a produção do filme teria sido iniciada em 2015, antes do surgimento do QAnon, no ano de 2017.
“A origem [do filme] foi evitada, proposital ou acidentalmente, na mídia”, afirma o Alejandro em entrevista à Variety. “A origem responderá a muitos desses equívocos no filme”.
No filme Ballard, é interpretado por Jim Caviezel, ator de “A Paixão de Cristo”. No passado, ambos promoveram teorias conspiratórias ligadas ao QAnon. Ballard se tornou também bastante próximo do ex-presidente Donald Trump, que chegou a apresentar uma sessão do filme, onde estiveram presentes outras figuras da extrema-direita.
Entre as ideias divulgadas pelo grupo QAnon está a de que existe uma conspiração internacional de ativistas pedófilos e canibais ligados à esquerda política, responsável por uma rede de tráfico infantil para exploração sexual. Ambos Ballard e Caviezel negam relação com o grupo.
Redação / Folhapress