SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo da Índia realizou neste sábado (28) um funeral com honras de Estado a Manmohan Singh, primeiro-ministro por dois mandatos (2004-2014) e cuja morte gerou manifestações de pesar no país e no exterior.
Singh foi um dos arquitetos da liberalização econômica da Índia no início da década de 1990, quando foi ministro das Finanças (1991-1996). Depois, conduziu o país como premiê e supervisionou a ascensão da atual terceira maior economia da Ásia.
Seu corpo foi cremado às margens do rio Yamuna em Nova Déli, com honras completas. O funeral foi conduzido na tradição sikh enquanto sacerdotes entoavam hinos. Antes, o corpo, coberto pela bandeira indiana e adornado com flores, foi transportado pela capital em uma carruagem puxada por um caminhão cerimonial do Exército.
A bandeira foi removida, e o corpo, coberto com um pano açafrão antes de ser colocado na pira. Uma multidão de cidadãos prestou uma última homenagem a Singh, cujo caixão foi transferido para a sede do seu partido, o Congresso Nacional Indiano.
Desde sua morte, na quinta-feira (26), aos 92 anos, muitos têm se lembrado do comentário que ele fez próximo a deixar o cargo de primeiro-ministro: “Acredito sinceramente que a história será mais gentil comigo do que a imprensa contemporânea ou, por sinal, os partidos de oposição no Parlamento”.
A cerimônia deste sábado foi liderada pela presidente Draupadi Murmu e pelo primeiro-ministro Narendra Modi. O funeral contou com a presença de altos funcionários civis e militares e também do rei Jigme Khesar Namgyel Wangchuck, do Butão.
Modi, criticado por Singh devido a suas políticas econômicas, referiu-se a ele como um dos “líderes mais ilustres” da Índia. Já a presidente Murmu afirmou que ele “será sempre lembrado pelo seu serviço à nação, pela sua vida política impecável e pela sua extrema humildade”.
O governo decretou luto nacional na quinta, que se prolongará até a próxima quarta-feira (1º).
Redação / Folhapress