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Inflação fica acima das projeções em janeiro com pressão de alimentos

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A inflação oficial do Brasil, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou a 0,42% em janeiro, após marcar 0,56% em dezembro, apontam dados divulgados nesta quinta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da perda de força, o índice ficou acima da mediana das projeções do mercado financeiro. A expectativa de analistas consultados pela agência Bloomberg era de variação de 0,34% no primeiro mês de 2024.

Com o novo resultado, o IPCA atingiu 4,51% no acumulado de 12 meses, diz o IBGE. Nesse recorte, a alta dos preços era de 4,62% até dezembro.

Conforme o IBGE, a inflação de janeiro foi puxada pelo grupo alimentação e bebidas. A alta dos preços desse segmento acelerou a 1,38%, após marcar 1,11% no mês anterior. Com o resultado, o grupo exerceu o principal impacto no IPCA de janeiro (0,29 ponto percentual).

“O aumento nos preços dos alimentos é relacionado principalmente à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, disse o gerente da pesquisa do IPCA, André Almeida.

De acordo com o IBGE, esta é a maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).

O centro da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central) é de 3% para o acumulado de 2024. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para menos ou para mais. Assim, a meta será cumprida se o IPCA ficar no intervalo de 1,5% (piso) a 4,5% (teto).

Na mediana, projeções do mercado financeiro apontam que o IPCA fechará 2024 em 3,81%, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada pelo BC na terça-feira (6). A previsão está abaixo do teto da meta (4,5%).

Nos últimos meses, o Brasil atravessou eventos climáticos extremos, como ondas de calor no Sudeste, seca no Norte e tempestades no Sul. O país vive os reflexos do fenômeno El Niño, conhecido por afetar a distribuição das chuvas.

Segundo analistas, os episódios climáticos tendem a pressionar em 2024 os preços dos alimentos, que afetam principalmente o bolso dos consumidores mais pobres. As famílias com renda menor destinam uma fatia maior do orçamento, em termos proporcionais, para a compra de comida.

LEONARDO VIECELI / Folhapress

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