PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Um instrutor de paraquedismo morreu no último domingo (3) ao tentar decolar com um speedfly, equipamento semelhante a um parapente, em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro.
José de Alencar Lima Junior, 49, caiu de uma altura de cerca de 250 metros durante um salto na Pedra Bonita, um dos principais pontos turísticos do Parque Nacional da Tijuca.
Vídeos gravados por testemunhas no local do acidente mostram que o instrutor correu para fazer o voo em uma área rochosa, mas o equipamento não abriu inteiramente e ele acabou despencando.
O corpo foi localizado em um trecho do parque de difícil acesso por volta das 13h, após quatro horas de buscas, e encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal). O velório e a cremação ocorreram nesta segunda-feira (4), no Cemitério da Penitência, na zona portuária do Rio de Janeiro.
O caso foi registrado na 15ª Delegacia de Polícia, na Gávea. Em nota, a Polícia Civil disse que equipamento utilizado na hora do acidente será submetido a perícia e que diligências estão em andamento para esclarecer as circunstâncias da queda.
O CSCVL (Clube São Conrado de Voo Livre), que administra a rampa de voo livre do parque, foi procurado pela reportagem, mas ainda não retornou o pedido de esclarecimentos.
O speedfly é uma forma de voo livre que usa uma vela menor do que um parapente para descidas rápidas. É um esporte praticado em ambientes montanhosos e considerado de alto risco, recomendado apenas a profissionais experientes.
A Pedra Bonita, com 696 metros de altitude, é o ponto mais popular para esportes radicais no Rio de Janeiro. No local, ocorrem voos de asa-delta e parapente.
Não é a primeira vez que um acidente com speedfly ocorre no local. Em 2015, o paraquedista Tiago Amorim Cobra, 48, morreu após uma queda. Dois anos depois, outro paraquedista foi resgatado após sofrer fraturas e escoriações, e foi internado em estado grave.
Redação / Folhapress