SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O inverno começa oficialmente às 17h51 (de Brasília) desta quinta-feira (20) no Brasil, mas o frio tradicional da estação ainda está longe de chegar. A presença de um forte bloqueio atmosférico, provocado pela massa de ar seco que cobre o centro do país, vai continuar inibindo a formação de nuvens e impedindo a possibilidade de mudanças na Grande São Paulo.
Por isso, o tempo continua estável e com grande amplitude térmica, com madrugadas frias e tardes quentes, além de baixa umidade relativa do ar.
Nesta quarta-feira (19), por exemplo, a temperatura máxima medida pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) na estação do Mirante de Santana, na zona norte da capital, foi de 28,6°C às 16h. E a mínima foi de apenas 12,3°C às 2h da madrugada.
A máxima chegou perto do recorde histórico de calor para o mês de junho na cidade, que foi de 28,8°C no último domingo (16), igualando marca de 8 de junho de 1992.
Para esta quinta-feira, a previsão é de um cenário praticamente igual ao do dia anterior, com muito sol e sem nebulosidade. De acordo com os dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo, os termômetros devem oscilar entre a mínima de 14°C e a máxima de 27°C.
Na sexta-feira (21), também com sol forte e tarde com sensação de calor e tempo seco, deve amanhecer com temperatura mínima de 13°C, que vai se elevando até alcançar 27°C.
PREVISÃO DO TEMPO
Além da amplitude térmica, que favorece os resfriados, a baixa umidade do ar também é uma grande preocupação para a saúde pública. Nesta quarta, a taxa de umidade na região metropolitana de São Paulo ficou por volta de 30% nos horários mais quentes. No interior do estado, perto da divisa com Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, alguns municípios tiveram taxas abaixo dos 20%: Ituverava teve 16% e Barra Bonita e Pradópolis, 17%.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece que índices inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. Além do ressecamento das vias aéreas, a poluição acaba piorando as doenças respiratórias.
“A combinação de falta de chuva e baixos índices de umidade são comuns nessa época do ano e colaboram para a piora da qualidade do ar nos grandes centros urbanos”, alerta o CGE. “Cuidados redobrados às crianças e idosos, pois é a parcela da população que normalmente sofre mais com essa condição de tempo.”
A recomendação do CGE é manter-se bem hidratado, proteger-se do sol, usar soros fisiológicos, usar umidificadores de ar nos ambientes internos e evitar atividades físicas ao ar livre nas horas de maior aquecimento, entre 11h e 16h.
CLAUDINEI QUEIROZ / Folhapress