RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Pressionada por alimentos, a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) acelerou para 0,33% em novembro, após variação de 0,21% em outubro.
É o que apontam dados divulgados nesta terça-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O novo resultado ficou acima da mediana das projeções de analistas consultados pela agência Bloomberg, que era de avanço de 0,29%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 desacelerou, atingindo 4,84% até novembro, informou o IBGE. Nessa base de comparação, a alta era de 5,05% até outubro.
A coleta dos preços do IPCA-15 ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação. Neste caso, outubro e novembro, respectivamente.
Por ser divulgado antes, o IPCA-15 sinaliza uma tendência para os preços no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também calculado pelo IBGE.
O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do Brasil. Serve como referência para o regime de metas do BC (Banco Central).
A coleta dos preços no IPCA ocorre ao longo do mês de referência do levantamento. Por isso, o resultado de novembro ainda não está fechado. Será publicado pelo IBGE no dia 12 de dezembro.
O centro da meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,25% no acumulado de 2023. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%).
Ou seja, a meta será cumprida se o IPCA ficar dentro desse intervalo até dezembro. A inflação estourou a medida de referência em 2021 e 2022.
Na mediana, analistas do mercado financeiro projetam IPCA de 4,53% em 2023, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada pelo BC na segunda (27). Isso quer dizer que a previsão está abaixo do teto da meta deste ano (4,75%).
LEONARDO VIECELI / Folhapress