IPCA-15 acelera para 0,35% em setembro e vai a 5% em 12 meses

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Pressionada pela gasolina, a inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) acelerou para 0,35% em setembro, após alta de 0,28% em agosto. É o que apontam dados divulgados nesta terça-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar da aceleração, o novo resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam avanço de 0,37% em setembro.

Com o novo resultado, o IPCA-15 alcançou 5% no acumulado de 12 meses. Nesse recorte, a alta era de 4,24% até agosto.

A coleta dos preços do IPCA-15 ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação. Neste caso, agosto e setembro, respectivamente.

Por ser divulgado antes, o IPCA-15 sinaliza uma tendência para os preços no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), também calculado pelo IBGE.

No caso do IPCA, a coleta ocorre ao longo do mês de referência do levantamento. Por isso, o resultado de setembro ainda não é conhecido. Será publicado pelo IBGE no dia 11 de outubro.

O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do Brasil e serve como referência para o regime de metas do BC (Banco Central).

No acumulado de 2023, o centro da meta de inflação perseguida pelo BC é de 3,25%. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%).

Ou seja, a meta será cumprida se o IPCA ficar dentro desse intervalo até dezembro. A inflação estourou a medida de referência em 2021 e 2022.

Na mediana, analistas do mercado financeiro projetam alta de 4,86% para o IPCA em 2023, conforme a edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda-feira (25) pelo BC. A previsão está acima do teto da meta deste ano (4,75%).

Parte dos economistas, porém, não descarta que o IPCA fique dentro do limite de tolerância. Um dos motivos para isso é a trégua da inflação dos alimentos.

LEONARDO VIECELI / Folhapress

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