SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em uma parada militar em Teerã, no aniversário da guerra contra o Iraque, na década de 1980, o Irã exibiu nesta sexta-feira (22) seus equipamentos bélicos, entre eles “o drone de maior alcance do mundo”, juntamente com mísseis balísticos e hipersônicos, informou a mídia estatal iraniana.
O desfile, transmitido ao vivo, mostrou os drones que foram nomeados Mohajer, Shahed e Arash. No mês passado, a República Islâmica disse que construiu um dispositivo voador avançado chamado Mohajer-10 com um alcance e duração de voo aprimorados, além de uma carga útil maior.
O equipamento tem um alcance operacional de 2 mil km e pode voar por até 24 horas, relatou a mídia oficial na época, acrescentando que sua carga útil poderia atingir 300 kg, o dobro da capacidade do drone Mohajer-6.
Os Estados Unidos acusaram o Irã de fornecer drones Mohajer-6, entre outros veículos aéreos não tripulados, à Rússia para a guerra contra a Ucrânia. Na terça-feira (19), Washington expandiu as sanções relacionadas ao Irã, citando a “proliferação contínua e deliberada” desses veículos por parte de Teerã, equipando Rússia, seus procuradores no Oriente Médio e outros atores.
O Irã nega fornecer drones à Moscou para o conflito na Ucrânia. “Nossas forças garantem a segurança na região e no Golfo Pérsico”, disse o presidente Ebrahim Raisi no desfile desta sexta na capital do país. “Podemos ensinar às pessoas da região que a resistência é o caminho de hoje. O que força o inimigo a recuar não é a submissão e a hesitação, mas a resistência”.
Um vídeo divulgado no mês passado pela mídia iraniana mostrou o Mohajer-6 entre outros equipamentos militares, com um texto que dizia “preparem seus abrigos” em persa e hebraico, este último uma alusão ao arqui-inimigo regional do Irã, Israel.
A guerra Irã-Iraque eclodiu em 22 de setembro de 1980, quando as forças do então presidente iraquiano Saddam Hussein invadiram o Irã. O conflito, que foi economicamente devastador e deixou pelo menos meio milhão de mortos, terminou em um impasse em agosto de 1988.
Redação / Folhapress