Isaquias diz que último lugar foi ‘horrível’, chora e vê cansaço no final

PARIS, FRANÇA (UOL/FOLHAPRESS) – Quatro vezes medalhista nos Jogos, o canoísta Isaquias Queiroz classificou como “horrível” o seu resultado na final do C2 500 metros em Paris-2024. Juntocom Jacky Godmann, ele ficou em oitavo e último na decisão, longe do pódio.

“A única avaliação que eu faço é exatamente a quê? Esqueci o nome do atleta agora do triatlo. Porque a partir do quarto ninguém lembra. Foi um resultado muito horrível em cima do que a gente trabalhou, do que o Lauro (técnico) trabalhou. Do que o Comitê Olímpico investiu na gente”, contou o canoísta.O atleta brasileiro disse que tinha esperança de medalha por conta dos tempos que vinha marcando com Jacky. Mas lembrou que a preparação não foi a ideal porque ele só podia dedicar dois dias para o treino da dupla com Jacky.

“Acho que para o próximo ciclo olímpico a gente tem que decidir se vai rimar barco de equipe, se vai rimar barco individual. Principalmente o barco de equipe é muito prejudicado, eu tenho que remar só duas vezes na semana”, contou.

Também lembrou que o programa olímpico, com provas seguidas, é cansativo. E que, no final da prova, ambos sentiram o ritmo.

“Ficou ruim para eu controlar o barco e aí também se ele cansa, às vezes o barco desequilibra um pouco e aí fica complicado para nós dois, né?”, avaliou o brasileiro.

A derrota na final olímpica tirou a chance de Isaquias de igualar Rebeca Andrade como maior medalhista brasileiro. Ele pode ainda ser alçado ao segundo posto se obtiver um pódio na final do C1 1.000m, na sexta-feira, juntamente com Torben Grael e Robert Schmidt.Ressaltou, no entanto, que sua prioridade é justificar o investimento dado pelo COB. “Depois vem os nossos objetivos, mas lógico que eu queria sair daqui com duas medalhas no pescoço para poder chegar a sexta medalha olímpica”, completou.

Antes de dar entrevistas para todas as mídias, o canoísta chorou ao falar com a Caze TV. Ficou emocionado ao lembrar dos filhos pelas renúncias de não pode fazer coisas com eles para treinar, como quando seus filhos pedem para jogar bola.

RODRIGO MATTOS / Folhapress

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