SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma investigação divulgada nesta terça-feira (30) e conduzida pelas Forças de Defesa de Israel concluiu que o Exército de Tel Aviv matou por engano dois de seus sargentos reservistas no último domingo (28).
O incidente aconteceu na região central da Faixa de Gaza, onde, segundo a investigação, um tanque israelense foi atingido por uma bomba, o que provocou uma troca de tiros com membros do grupo terrorista Hamas.
No meio da disputa, os militares que conduziam outro tanque israelense teriam errado ao identificar como inimigos os sargentos da reserva Ido Aviv, 28, e Kalkidan Meharim, 37, e disparado contra o prédio onde estavam alojados. Neste prédio, não só os dois sargentos mas outros soldados israelenses estavam instalados –ao menos dois deles ficaram feridos em decorrência dos disparos.
Inicialmente, o Exército israelense disse que Aviv e Meharim haviam morrido durante a troca de tiros contra o Hamas. Contudo, a investigação apontou que não foi isso que aconteceu e, segundo noticiou o jornal israelense Haaretz, afirmou que “as lições aprendidas foram incorporadas imediatamente”.
Esta não foi a primeira vez que Israel admitiu ter matado seus cidadãos por engano. No início do mês, outra investigação concluiu que um helicóptero da Força Aérea israelense disparou contra um veículo em que estavam membros do Hamas e reféns no 7 de Outubro. Neste ataque, morreu a israelense Efrat Katz, 68.
Em sua defesa, Tel Aviv afirmou que erro aconteceu porque os sistemas de vigilância não foram capazes de distinguir os reféns dos sequestradores, posto que todos estavam dentro no veículo.
Além disso, em dezembro de 2023, o Exército de Israel admitiu ter matado por engano três reféns na parte leste da cidade de Gaza. Eles foram identificados como Samer Talalka, Yotam Haim e Alon Lulu Shamriz. Todos haviam sido sequestrados também no 7 de outubro.
O caso ocorreu em uma área de combate intenso. Segundo um porta-voz israelense, um soldado teria sido surpreendido pelos reféns que surgiram a poucos metros, os quais estavam sem camisa e com uma bandeira branca feita com um pano pendurado em um bastão.
Redação / Folhapress