Israel atacou Hamas 40 mil vezes; grupo lançou 13,2 mil foguetes

JERUSALÉM, ISRAEL (FOLHAPRESS) – As Forças Armadas de Israel divulgaram nesta segunda (7), para marcar o aniversário de um ano do massacre cometido pelo Hamas, seu balanço com números da atividade ao longo do ano.

Segundo elas, foram 40 mil ataques a posições do grupo terrorista palestino na Faixa de Gaza, que era controlada por ele desde 2007. Foram localizadas 4.700 entradas da rede túneis do Hamas, e 1.000 lançadores de foguetes foram destruídos.

Os israelenses disseram ter matado ou prendido cerca de 20 mil terroristas. A conta total palestina de baixas é de 41,8 mil mortos e 96 mil feridos, mas ela não separa civis de combatentes.

Já Tel Aviv diz ter perdido 726 soldados no enfrentamento com o Hamas, 380 no dia do ataque e 346, na guerra posterior. Feridos são 4.576, o que dá uma proporção de 1 morto para 13 feridos nos combates após o 7 de Outubro —o que sugere alta eficácia na proteção dos soldados e no tratamento em caso de ferimentos.

Desde o começo da guerra, 13,2 mil foguetes foram lançados de Gaza, um terço disso no primeiro dia. Os quatro disparos de lá são uma raridade, os primeiros em semanas, o que aparenta provar a degradação da capacidade de combate do Hamas.

Na mão contrária, só fez crescer o número de ataques vindos do Líbano, 12,4 mil ao longo do ano, mais de 3.000 só em setembro. Em frentes separadas, foram lançados 60 drones ou mísseis da Síria, 180 dos rebeldes houthis no Iêmen e cerca de 400 pelo Irã, nos dois ataques que Teerã promoveu na guerra.

A expectativa da retaliação israelense devido ao mais recente bombardeio iraniano, ocorrido na terça passada (1), mantém a região em suspense. Os EUA tentam publicamente demover Netanyahu de atacar instalações do programa nuclear dos aiatolás e sua infraestrutura petrolífera, mas é incerto o que irá ocorrer.

No Líbano, que tem áreas no seu sul invadidas por forças de Tel Aviv em combate com o Hezbollah, aliado do Hamas e também bancado pelo Irã, os israelenses contam 800 mortos do rival em 4.900 ataques aéreos. O governo libanês fala genericamente de 2.000 vítimas fatais, sem diferenciar civis de integrantes do grupo extremista.

Já na Cisjordânia, o monitor do Instituto de Estudos de Segurança Nacional, da Universidade de Tel Aviv, foram mortos 738 palestinos e 52 israelenses desde o começo da guerra. O governo diz que a maioria das vítimas é de terroristas de diversas organizações, inclusive o Hamas, o que as autoridades locais negam.

Os dados dos militares israelenses mostram também a mobilização no país. Dos 465 mil reservistas, que ficam à disposição até os 40 anos (38 anos para mulheres), e até aos 54 anos dependendo da especialização, 300 mil foram convocados para a guerra.

Em tempos de paz, se há tal coisa, as Forças de Defesa de Israel somam 169,5 mil militares. Ou seja, quase 5% da população do país está hoje envolvida diretamente com os combates.

IGOR GIELOW / Folhapress

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