Israel intensifica ataques contra Gaza e diz ter matado dois líderes do Hamas

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – As Forças Armadas de Israel intensificaram nesta terça-feira (10) os bombardeios contra a Faixa de Gaza, controlada pelo grupo terrorista Hamas. Segundo autoridades israelenses, dois membros da alta cúpula da facção radical foram mortos em ataques aéreos.

Jawad Abu Shamala, chefe da Economia do Hamas, e Zakariya Abu Moammar, líder das Relações Internas do grupo, teriam sido alvos da ação. A organização terrorista não havia confirmado as mortes até a manhã desta terça.

Segundo os militares, Shamala administrava os recursos financeiros do Hamas e direcionava fundos para “financiar e dirigir o terror dentro e fora” de Gaza. Já Moammar era um importante “tomador de decisões”.

A IDF (Forças de Defesa de Israel) disse que mais de 200 alvos foram atacados por “dezenas de caças” durante a madrugada nas regiões de Rimal e de Khan Yunis, em Gaza. Os bombardeios atingiram ainda locais de armazenamento e de fabricação de armas, de acordo com as autoridades israelenses.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que os ataques mataram pelo menos 830 pessoas e feriram outras 4.250. A ofensiva foi intensificada nesta terça, a despeito das ameaças do Hamas de executar reféns caso Tel Aviv prosseguisse com os bombardeios.

Em apenas três dias, mais de 187 mil pessoas foram forçadas a se deslocar dentro da Faixa de Gaza, de acordo com os dados do gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários. Muitos dos desabrigados estão amontoados nas ruas ou nas escolas, segundo a organização.

Um prédio municipal que havia sido transformado em abrigo foi atingido durante a onda de ataques desta terça, segundo autoridades palestinas. Testemunhas disseram que “várias pessoas” morreram no local.

“Nenhum lugar é seguro em Gaza. […] Eles atingem todos os lugares”, disse Ala Abu Tair, 35, que estava abrigado no prédio de cinco andares depois de fugir de Abassan Al-Kabira, perto da fronteira.

O instrutor de boxe Radwan Abu al-Kass afirma que foi um dos últimos a sair do local. “Todo o distrito foi simplesmente apagado”, disse ele.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu a abertura de um corredor humanitário para o envio de material médico a Gaza —segundo a agência, ao menos 13 instalações de saúde no território foram atingidas em ataques desde sábado.

Redação / Folhapress

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