RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Campeão olímpico e mundial, Italo Ferreira disse que, por vezes, tem de baixar o nível do seu surfe contra alguns atletas na polêmica envolvendo as notas dos juízes da WSL (Liga Mundial de Surfe).
Os critérios adotados pelos jurados da WSL foram alvo de críticas tanto da torcida brasileira quanto dos próprios surfistas do país recentemente. Italo falou sobre o tema.
“A gente se adapta ao jogo. Hoje, realmente, está tendo um pouco mais de transparência comparado aos últimos meses. A gente tem se envolvido um pouco mais com o pessoal da WSL. Eles têm entendido que os surfistas são prioridade na competição e que temos que ser ouvidos. Está sendo legal essa troca, essa transparência entre atleta e a organização. Creio que, a cada ano, isso vem melhorando. A gente vem se adaptando, jogando o jogo, que é o que importa se quisermos vencer. Temos que jogar o jogo e, algumas vezes, até baixar um pouco o nível para se adaptar a outros atletas que não têm o mesmo nível que você. Vamos vivendo esse mundo e se adaptando, tendo desafios, vencendo, perdendo e aprendendo”, disse Italo Ferreira, ao UOL
Dentro da WSL, porém, há ressalvas. Presidente da organização na América Latina, o brasileiro Ivan Martinho, por exemplo, cita os sete títulos do Brasil nas últimas nove temporadas.
“Essas coisas [reclamações], de fato, acontecem. Existe um escritório da WSL que cuida dessa parte do juízo, mas aqui do meu lado, o que eu vejo é que temos sempre que levar em consideração a história dos sete títulos dos últimos nove. Eles foram julgados pelos mesmos juízes. Então, por que será que realmente teria mudado agora? Temos sempre que ter a capacidade de distinguir o que é um fato e o que é, talvez, uma insatisfação transformada em comentário e que gera uma polêmica enorme, mas espero que já seja uma página virada e a gente, olhando para frente, não tenha mais esse tipo de discussão”, comentou Ivan Martinho.
Italo aprova Finals em Fiji
Uma das grandes novidades anunciadas pela WSL para 2025 é a mudança de local do Finals, etapa que decide o campeão mundial. A partir do ano que vem, Trestles [EUA] dará lugar a Fiji, algo que foi aprovado por Italo.
“Fiji é uma etapa muito especial. É uma onda que realmente desafia os atletas, não é como Trestles, que você basicamente sabe o que o outro adversário é capaz de fazer naquelas posições. Já foram três anos ali na mesma onda [Trestles], então, ficou um pouco repetitivo. Acho que Fiji, assim como alguns outros lugares do mundo, pode trazer um pouco mais de emoção para o público Italo.”, finalizou Italo Ferreira.
BRUNO BRAZ / Folhapress