Itamaraty monitora Líbano e não registra brasileiros mortos no ataque de Israel

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Itamaraty monitora com atenção a situação no Líbano e está em contato constante com a Embaixada do Brasil em Beirute para acompanhar os desdobramentos do ataque de Israel no país. Até a tarde desta segunda-feira (13), segundo pessoas envolvidas na tratativas, não havia informações de brasileiros mortos em meio ao conflito.

O governo já pediu para a embaixada fazer um levantamento de quantos brasileiros estariam interessados em voltar ao Brasil. A ideia é fazer um estudo logístico para uma possível missão de repatriação. Por ora, porém, a orientação é que os cidadãos saiam de lá por contra própria —o aeroporto de Beirute está aberto.

Em nota divulgada na tarde desta segunda, o Itamaraty diz que o “governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis em Beirute”.

“Também deplora declarações de autoridades israelenses em favor de operações militares e da ocupação de parte do território libanês e expressa grave preocupação ante exortações do governo israelense para que civis libaneses evacuem suas residências naquelas regiões.

O último comunicado do governo brasileiro foi publicado no site da embaixada no dia 25 de agosto. O informe diz que o Itamaraty “acompanha o aumento das hostilidades em regiões do país” e reúne uma série de orientações.

“Se você não estiver no Líbano, não viaje para o país”, afirma o primeiro item. A embaixada também recomenda que cidadãos brasileiros deixem o país, por meios próprios, até que a situação “volte à normalidade”.

Há cerca de 21 mil brasileiros no Líbano, segundo o Itamaraty. Como mostrou a Folha, brasileiros relatam rotina de medo diário após ataques de Israel.

Durante a madrugada desta segunda, as Forças de Defesa de Israel fizeram o maior bombardeio contra o Líbano na guerra, matando ao menos 356 pessoas e ferindo 1.246, segundo o Ministério da Saúde em Beirute.

Ao todo, foram atingidos 1.100 alvo s no Líbano, inclusive no vale do Bekaa, que vinha sendo poupado e fica distante da fronteira conflituosa, e na capital, que sofreu seu segundo bombardeio em menos de uma semana.

Na última terça-feira (17), pagers começaram a explodir no país, deixando ao menos 12 mortos —incluindo uma menina de 9 anos. Uma ação parecida no dia seguinte, dessa vez com walkie-talkies, matou outros 25.

MÔNICA BERGAMO / Folhapress

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