SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Izabela da Silva, atleta de lançamento de disco nas Olimpíadas de Paris, reclamou em seu Instagram que não recebeu roupas femininas para a competição. Segundo ela, não havia peças femininas de tamanho G. Os uniformes ficam a cargo da Puma, a fornecedora da Confederação Brasileira de Atletismo.
A confederação e a Puma responderam, em uma nota conjunta, que a Puma desenvolve “uniformes que atendem a corpos diversos, e especificamente em vestuário, do PP ao 4GG”. Disseram ainda que lamentam o ocorrido e entraram em contato com a atleta para resolver a situação da melhor forma possível.
“Estou bem chateada, porque pedi algumas peças masculinas, e eles me deram todas. Já as femininas, não me deram nada. Recebi 19 peças, contando com a mochila e os bonés, e o feminino ganhou 30 peças. Sabe como isso é triste? Pegar seu uniforme para a competição e fazerem uma dessas, falando que não tem numeração? Um top vai até o M. Eu acho que não dá nem para rir de nervoso, de tanta tristeza. Só porque eu sou um pouco maior, e daí? Pede um pouco maior”, disse a atleta.
Izabela foi a primeira mulher brasileira a disputar uma final do arremesso de disco nas Olimpíadas, em Tóquio, em 2020. Ela é a atual campeã pan-americana. Segundo informações do Comitê Olímpico Brasileiro, a atleta mede 1,75 metro de altura, mas não há dados sobre seu peso.
“Não é possível que a marca não consiga fazer um uniforme um pouco maior feminino, só consiga fazer masculino. Para mim, isso não tem sentido nenhum”, acrescentou a atleta. “É isso, vou competir com a roupa masculina, pedi alguns números masculinos mesmo, até porque me sinto mais confortável, mas top, as outras peças femininas não vieram para mim”.
A Puma e a confederação também afirmaram que têm “um compromisso de longo prazo com o esporte e fazemos o nosso melhor para oferecer produtos de excelência à performance dos (as) atletas”.
“Destacamos ainda que cada prova de atletismo possui uma quantidade diferente de peças do uniforme que varia de acordo com a necessidade esportiva e essa quantidade independe do gênero do(a) atleta.”
Redação / Folhapress