Izquierdo superou grave lesão e cumpriu promessa ao avô antes de morrer

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O zagueiro Izquierdo, que morreu nesta terça-feira (27) aos 27 anos, passou por altos e baixos em seus últimos momentos de vida.

DA FRATURA À PROMESSA CUMPRIDA

O atleta fraturou a tíbia em fevereiro de 2022, em uma partida do Nacional-URU contra o Rentistas pelo Campeonato Uruguaio. Na ocasião, ele saiu do banco de reservas e estreava pelo tradicional clube do país.

Izquierdo voltou a atuar somente sete meses depois, em setembro, em uma partida da terceira fase da Copa Uruguaia —desta vez, como titular. A primeira passagem do zagueiro pelo time, no entanto, terminou no fim daquela temporada.

“Aprendi muito a valorizar quando estou saudável. Isso parece normal, mas depois que você tem passar por uma situação como essa, você entende muito mais seus companheiros de equipe que estão lesionados. Foi um momento de tristeza, mas também de aprendizado e muito crescimento pessoal, que me permitiu ver a vida de uma maneira diferente”, disse Izquierdo, ao “El País”.

No ano seguinte, ele se transferiu ao Liverpool Montevideo e, em pouco tempo, ganhou status de titular da equipe.

O ano de 2023 foi marcante para Izquierdo, que viu o avô, um de seus maiores incentivadores, morrer. Mesmo diante da perda, ele continuou se destacando no elenco do técnico Jorge Bava.

O ano acabou com título inédito do Campeonato Uruguaio prometido ao avô — o jogador, inclusive, fez gol na final do “Intermedio”, um dos torneios que faziam parte do Campeonato Uruguaio.

“Não compro com nada a felicidade e toda a paz que sinto. Há alguns meses, meu avô me deixou. Antes de ele partir, eu prometi a ele e consegui cumprir [com o título nacional]. Quero separar o jornal de campeão para o futuro”, disse o jogador ao El País.

Em 2024, Izquierdo voltou ao Nacional-URU, mas a trajetória foi interrompida por uma tragédia. Em seu 24° jogo na temporada, contra o São Paulo no MorumBis, ele sofreu uma arritmia cardíaca e deixou o gramado de ambulância rumo ao Hospital Albert Einstein, na última quinta-feira. Dias depois, teve morte encefálica após uma parada cardiorrespiratória associada à arritmia.

O jogador deixa pais, esposa e dois filhos —um deles nascido há menos de duas semanas.

BRUNO MADRID / Folhapress

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