Janaina Torres defende descriminalização da maconha e diz que só não testou na cozinha por falta de oportunidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Recém-premiada melhor chef mulher do mundo, Janaina Torres falou sobre sua relação com as drogas em entrevista à revista Breeza, publicação especializada em maconha. Apesar de não ser usuária da erva, ela se diz a favor da descriminalização e conta que só não experimentou a cannabis na culinária por falta de oportunidade.

“Não fiz porque ainda não me mandaram. Não recebi. Mas claro que se eu receber, eu vou fazer”, falou. “Não me dou bem com cannabis, me dá um certo pânico. É uma substância que, para o meu organismo, não combinou. Mas isso não quer dizer que para outra pessoa não possa fazer bem”, diz a chef.

Para Janaina, criminalizar a erva só aumenta o problema, uma vez que o consumidor não tem acesso à procedência do produto. Ela compara o problema à crise dos alimentos ultraprocessados.

“A partir do momento que fica nas mãos erradas, vão misturar com substâncias sintéticas, químicas e quem está comprando não sabe nem o que tem dentro”, diz ela. “Tudo tem que ter procedência, de onde vem, como faz, quem plantou. É igual ao alimento. As indústrias que colocam muito mais nitrato e nitrito do que devem, tantos corantes, emulsificantes, se legalizado isso acontece, imagina criminalizado?”

“Tem que descriminalizar e ver no que vai dar”, defende. Eu sou a favor, sim, da descriminalização, feita de uma forma educacional, com campanha. Não preciso fumar para entender que outras pessoas podem fumar. E se for para proibir essa erva, então tinha que proibir o álcool. O álcool tem produtos muito ruins no mercado, 70% álcool e a pessoa fica devastada por dentro. É muito dúbio, é muito contraditório”, protesta.

SEPARAÇÃO NADA AMIGÁVEL

Recém-casada após se separar do chef Jeferson Rueda, de quem era sócia em vários restaurantes no centro de São Paulo, Janaina desabafou sobre os momentos difíceis que passou no casamento e no divórcio.

“A traição, às vezes, é até flexível, vamos assim dizer. Uma traição, um deslize. Nós somos humanos, somos de carne e osso. Mas as deslealdades, essas machucam a gente à beça. Eu tive que me deparar com muita coisa feia, que eu não imaginava”, lamentou.

Antes Janaina Rueda, ela também mudou de nome no processo. Voltou a usar Torres, seu sobrenome de solteira. “Não posso ficar com o nome da outra pessoa. Não tive uma separação amigável, foi tumultuado, foi complicado. Eu estava vendo o documentário do Jô Soares e achei tão bonito a Flávia [ex-mulher de Jô] falando que ele pediu para ela ficar com o sobrenome dele. Ela se emociona na frente do juiz, falando que vai ter orgulho de carregar o sobrenome. Poderia ter acontecido comigo, mas não aconteceu. Não tive nenhum orgulho de puxar esse nome para mim”, desabafou.

“Uma pena, porque eu gostaria de ter continuado, talvez, pelo histórico, pelo que construímos juntos. Mas está sendo muito difícil essa separação. Não está sendo boa”, disse.

ANAHI MARTINHO / Folhapress

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