SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Jane Birkin, morta aos 76 anos neste domingo (16), foi cantora, atriz, diretora e todas essas suas facetas ela trouxe ao Brasil. Desde gravações com Caetano Veloso, a apresentações em festivais de cinema.
Uma de suas relações mais latentes com o Brasil foi a gravação de “Leãozinho”, de Caetano Veloso, no disco “Rendez-vous”, em 2004. Birkin já o admirava desde quando viu o artista baiano cantar no filme “Fale com Ela”, de Almodóvar.
Cinco anos depois, suas vozes se cruzaram novamente em um show no Sesc Pinheiros, em São Paulo. Além da artista inglesa, a apresentação teve a participação da Orquestra Imperial.
O show, chamado Gainsbourg Imperial, foi uma homenagem à obra do ex-marido de Jane, cantor e compositor Serge Gainsbourg, com quem gravou muitas músicas. Uma delas, “Je suis venu te dire que je m’en vais”, de 1973, ela cantou com Caetano.
A relação de Birkin e Gainsbourg, que durou 13 anos, ficou conhecida mundialmente. Uma das vezes que os dois ficaram sob holofotes internacionais, incluindo brasileiros, foi quando lançaram a música “Je T’aime Moi Non Plus”, em 1969.
Com letra que simulava uma relação sexual, com melodia suave, gemidos e sussurros, a canção fazia parte do disco “Jane Birkin/Serge Gainsbourg”. A explícita relação da música com sexo causou polêmica entre os conservadores e foi censurada em alguns países, incluindo no Brasil, que na época vivia a ditadura militar.
Birkin também esteve no Brasil com turnê musical em 2008. Fez apresentação no Rio e em São Paulo.
Um ano antes também esteve no país, dessa vez mostrando seu lado como cineasta. Birkin participou do Festival do Rio para divulgar o filme “Boxes, lês boîtes”, “Caixas” na versão em português, seu primeiro trabalho como diretora.
Já em 2010, Jane colaborou com Sergio Dias, guitarrista dos Mutantes, em uma canção que entrou no álbum “We are the lilies”.
O seu retorno ao Brasil seria em 2018, mas sua passagem pelo país acabou sendo cancelada por logística e então veio a pandemia.
Redação / Folhapress