João Campos tem 76% e venceria disputa no Recife em 1º turno, aponta Datafolha

RECIFE, PE (FOLHAPRESS) – A pesquisa Datafolha para a Prefeitura do Recife, divulgada nesta quinta-feira (19), mostra João Campos (PSB) com 76% das intenções de voto, o que lhe daria vitória no primeiro turno. No levantamento de 5 de setembro, o atual prefeito marcava 74%. Houve, portanto, uma oscilação dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa mostra um empate técnico múltiplo na segunda colocação. Gilson Machado (PL) tem 9% das intenções de voto, e Daniel Coelho (PSD), 5%. Ambos mantiveram o mesmo índice do último levantamento, há duas semanas. Também empatado está Dani Portela (PSOL), com 3%, que oscilou um ponto percentual para menos.

Tecio Teles (Novo) tem 1% das intenções de voto, após não pontuar na pesquisa anterior. Ludmila (UP) e Simone Fontana (PSTU) não atingiram 1% das intenções de voto. Victor Assis (PCO) não foi citado. O candidato teve registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco na quarta-feira (18), mas a pesquisa foi a campo antes da decisão.

Disseram que votariam em branco, nulo ou nenhum 5% dos entrevistados, e 1% responderam que não sabem em quem votariam.

João Campos lidera de forma isolada em todos os segmentos sociodemográficos. A taxa de intenção de voto nele é mais alta entre as mulheres do que entre os homens (82%, ante 69%). Ele tem desempenho melhor também entre os que têm renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (82%) na comparação com quem têm renda familiar mensal de mais de 5 salários mínimos (57%).

O Datafolha entrevistou 910 eleitores no Recife nos dias 17 e 18 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi encomendado pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e tem o protocolo PE-02953/2024 na Justiça Eleitoral.

Apoiado pelo presidente Lula (PT), João Campos lidera na pesquisa espontânea, quando o entrevistador não fornece os nomes dos candidatos. Ele tem 63% das intenções de voto -1% disseram que votariam “no atual”. A taxa de menções espontâneas a Campos cresceu pelo segundo levantamento seguido – era 57% no início do mês e 51% em agosto.

Gilson Machado tem 6%, Dani Portela, 2%, e Daniel Coelho, 2%. Outras respostas somaram 9%, enquanto branco, nulo e nenhum são 4%. Outros 13% dos entrevistados disseram que não sabem em quem votariam. Em 5 de setembro, João Campos tinha 57% na espontânea, enquanto Gilson marcava 5%, Daniel, 2%, e Dani Portela, 2%.

O Datafolha também questionou se os eleitores pretendem votar em um dos nomes porque ele é o candidato ideal ou por não haver opção melhor. Do total de entrevistados, 74% disseram que votam no candidato ideal, enquanto 24% afirmaram que não há opção melhor. Não souberam responder 2%.

A maioria dos entrevistados (83%) disse que está totalmente decidida no voto para a disputa pela prefeitura. Já 17% responderam que podem mudar de candidato escolhido.

O instituto perguntou aos eleitores sobre uma possível segunda opção de voto. Daniel Coelho foi citado por 36%, João Campos por 25% e Dani Portela por 8%.

Avaliação do prefeito

A pesquisa também aferiu a avaliação da gestão de João Campos, que é candidato à reeleição. A maioria dos entrevistados (77%) classificou como bom ou ótimo o governo dele, e 19% consideram regular. Outros 3% avaliam como ruim ou péssima a administração. Não souberam responder 1%.

A ampla margem de intenção de votos do atual prefeito acontece mesmo com as críticas por parte da oposição na propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Gilson Machado tem abordado problemas no funcionamento de creches da cidade, enquanto Daniel Coelho tem direcionado as críticas para problemas na área de habitação.

Gilson Machado, porém, sofreu revés na terça-feira (17), quando a Justiça Eleitoral concedeu a João Campos o direito de resposta em 293 inserções e 38 minutos em programas eleitorais do candidato do PL no rádio e na TV.

A Justiça entendeu que trechos da propaganda de Gilson Machado sobre as creches “extrapolam o limite da crítica política, notadamente pela ausência de provas das afirmações”. O ex-ministro do Turismo rebateu a decisão nas redes sociais e tem apontado o que classifica como censura.

JOSÉ MATHEUS SANTOS / Folhapress

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