RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O jornalista e empresário Thiago Rodrigues, 34, foi assassinado a tiros na madrugada desta quinta-feira (28) em Guarujá, no litoral paulista. Ele era pré-candidato a prefeito da cidade pelo partido Rede Sustentabilidade.
Rodrigues participava de uma confraternização na rua Caraguatatuba, no bairro Paecará, distrito de Vicente de Carvalho, quando foi alvejado. O político chegou a compartilhar imagens da festa nas redes sociais. A Polícia Civil investiga o caso.
Equipes da Polícia Militar foram acionadas para o local, mas os agentes já encontraram a vítima ferida com vários tiros. O pré-candidato foi atingido no tórax, costas, perna e braço direito.
No local, a polícia encontrou 13 estojos de munição calibre 9 mm e dois projéteis, além do carro da vítima e dois celulares.
Testemunhas contaram à polícia que os disparos teriam sido efetuados por um suspeito que passou de bicicleta pela rua e fugiu.
De acordo com os relatos, o jornalista saiu da casa de eventos acompanhado de um amigo. A vítima tentou correr, mas caiu e o atirador efetuou novos disparos.
Segundo a polícia, o suspeito, que fugiu, vestia máscara branca, boné, camiseta e calça.
O caso foi registrado no Delegacia de Guarujá e encaminhado ao 2º Departamento de Policia do município, que realiza diligências para tentar identificar e prender os autores.
Thiago Rodrigues tinha a causa LGBTQIA+ como uma de suas bandeiras. Com mais de 10 mil seguidores no Facebook, o jornalista usava as redes sociais para publicar denúncias contra a administração pública da cidade.
Em uma publicação em agosto, o pré-candidato afirmou que foi diversas vezes ameaçado de morte. “Tive que sair do país por alguns meses, mudar de casa, comprar carro blindado”, escreveu na postagem anunciando a intenção de se lançar a prefeito. “Só eu sei tudo o que passei, todas ameaças e agressões que enfrentei sozinho”, disse ainda na publicação.
A confirmação da pré-candidatura ocorreu no dia 23 de novembro, quando formalizou sua filiação à Rede.
Rodrigues fundou o próprio jornal online, A Pérola Guarujá, em março de 2012, em que compartilhava ações sociais da cidade e criticava a qualidade dos serviços públicos.
Em dezembro de 2021, ele criou a Pérola Net, empresa sediada no bairro de Morrinhos cuja principal atividade era fornecer internet por fibra óptica.
ALÉXIA SOUSA / Folhapress