Jornalistas processam dona do ChatGPT por usar livros sem permissão, diz agência

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma dupla de jornalistas veteranos entrou com uma ação nos Estados Unidos contra a OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT, na qual afirma que a companhia usou sem permissão suas obras publicadas para treinar a inteligência artificial, segundo a agência de notícias AP (Associated Press).

Em matéria publicada na última semana, a AP conta que o repórter e escritor Nicholas Basbanes, de 81 anos, começou a ter contato com chatbots de inteligência artificial. Ele achou a tecnologia fascinante, mas propensa a “falsidades e falta de atribuição de crédito”.

Por isso, se uniu ao se colega de profissão, Nicholas Gage, de 84 anos, para processar as empresas por trás da ferramenta, afirma a reportagem.

Os jornalistas dizem, de acordo com a matéria, que com ajuda da Microsoft, a OpenAI usou obras e treinou os chatbots de inteligência artificial para reproduzir textos semelhantes aos feitos por humanos, sem pedir autorização ou recompensar os escritores.

A agência de notícias diz que a Microsoft e a OpenAI não responderam às tentativas de contato.

Em seu site, Nicholas Basbanes se descreve como autor de livros aclamados pela crítica. As obras do escritor são voltadas para a cultura literária e incluem livros como “On Paper: The Everything of Its Two Thousand Year History” (“No papel: tudo sobre seus dois mil anos de história”, na tradução), no qual esmiuça a invenção e os usos do papel.

Já Nicholas Gage é um jornalista investigativo cujos relatos foram adaptados para o fillme Eleni (1985), que conta a história de uma mulher -mãe de Gage- morta durante a guerra civil na Grécia.

Segundo a Associated Press, o processo dos dois jornalistas foi incluído em um outro caso, liderado por autores como George R. R. Martin (Game of Thrones) e pode se tornar uma ação coletiva.

A ação é analisada pelo mesmo juiz que está tratando das reivindicações de direitos autorais solicitadas por jornais como The New York Times e Chicago Tribune, afirma a AP.

Redação / Folhapress

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