SANTO ANDRÉ, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Medalha de bronze nas Olimpíadas de Londres, em 2012, o judoca brasileiro Felipe Kitadai vive um drama para deixar Israel. Ele foi contratado para treinar a seleção feminina do país e chegou ao país recentemente.
“A gente espera que consiga voltar logo para o Brasil em segurança e que tudo fique bem para todo mundo o mais breve possível. O ataque foi brutal, ouvi dizer que eles se comportaram como animais, mas acho que nem animais e nem selvageria seria tão brutal quanto foi esse ataque. Eles conseguiram fazer algo acima do que algo selvagem faria”, disse o judoca ao programa Mais Você”.
‘OLIMPÍADA’ PARA DEIXAR ISRAEL
A pressa para deixar Israel virou uma ‘Olimpíada’ para Felipe. O judoca brasileiro está vivendo no país junto com a esposa Cintia, a filha Sabrina e uma cachorrinha.
“Eu até brinco que meu objetivo é tão grande de tirar eles daqui que essa é minha Olimpíada. O meu objetivo é tirar a Cíntia, a Sabrina e a minha cachorrinha daqui. Se for para dar o meu espaço para eles, seria o que eu faria hoje”, disse o judoca.
Felipe e a família já deram entrada no Itamaraty solicitando o repatriamento. Eles, no entanto, estão em espera e aguardam um retorno do governo brasileiro para, enfim, deixarem Israel.
“Fizemos o formulário do primeiro dia que abriu o cadastro, não sei se fomos uns dos primeiros, mas fizemos o cadastro no primeiro dia para repatriamento. Mandamos mensagem para o WhatsApp de contato do Itamaraty e nos volta uma mensagem de robô, que diz que o formulário deve ser preenchido e se você já preencheu deve aguardar o contato. Estamos meio sem informação dos próximos passos, do que temos que fazer e como reagir a esse momento do repatriamento que estamos esperando”, afirmou Felipe.
A explosão da guerra contra o Hamas não era esperada pelos israelenses. Segundo Felipe, o próprio povo local não está sabendo lidar com a situação, uma vez que afirmaram a ele que a situação parecia controlada nos últimos tempos.
Aqui é uma região muito boa e esse conflito é antigo. Nos falaram que era um conflito que estava sob controle e algumas vezes podia ocorrer da sirene tocar, mas que era algo raro e que é algo controlado, mas que hoje vivemos algo que nunca ocorreu antes. Mesmo as pessoas daqui não estão acostumadas e não sabem como lidar com essa situação.
Redação / Folhapress