Juiz vê ‘comoção social’ e mantém preso suspeito de matar irmão PM em GO

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Irmão suspeito de matar o policial militar Tiago White teve o pedido de soltura negado pelo Tribunal de Justiça de Goiás.

Alexandre White Rodrigues Araújo teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. A decisão ocorreu após audiência de custódia na sexta-feira (12) e foi dada pelo Juiz Rodrigues Camargos.

Juiz disse que o crime tem ”gravidade concreta acentuada” e pontuou a comoção social gerada. Para o magistrado, a discussão que levou à morte do policial foi motivada por discussão banal e por questões de família. Além disso, segundo ele, há provas suficientes do crime cometido.

Decisão de manter a prisão seria também para resguardar a ”integridade física do acusado”. A medida cautelar é com a intenção de ”garantir a ordem pública, reestabelecer a tranquilidade social e confiança na ordem jurídica”, acrescentou o juiz.

O QUE DIZ A DEFESA

A defesa de Alexandre afirmou que o ato não reflete o comportamento dele: ”Foi uma tragédia após uma festa de família, porém não reflete a personalidade”.

Advogado Martiniano Neto pediu harbeas corpus no sábado (13) e aguarda retorno. ”Alexandre está muito abalado emocionalmente, pelo ocorrido, e bastante ferido fisicamente”, destacou.

ENTENDA O CASO

Tiago White Rodrigues de Araújo comemorava 34 anos quando foi morto. Na quinta-feira (11), durante a festa antecipada -ele faria aniversário no sábado (13)- a vítima e o irmão teriam iniciado uma discussão.

Irmão disse que policial tinha outra família fora do casamento. Argumento usado pelo suspeito teria sido exposto em voz alta e próximo à esposa de Tiago, o que teria despertado “a fúria” do PM, informou o delegado Sandro Costa.

Esposa da vítima foi quem acionou o socorro. Tiago foi levado para o Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos provocados pelas balas e morreu.

Alexandre foi preso em flagrante e teria confessado que atirou contra o irmão. Ainda segundo a polícia, ele alegou não se recordar de detalhes do crime.

Tiago deixa a esposa e uma filha pequena. Ele era lotado no 18º Comando Regional da Polícia Militar de Goiás e atuava na 7ª Companhia Independente de Policiamento Especializado de Uruaçu. Além de ser policial, ele também era dono de uma pizzaria na cidade.

Redação / Folhapress

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