Juíza cita crueldade e mantém prisão de homem que matou ex a facadas no RJ

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Justiça manteve preso o homem suspeito de matar esfaqueada a ex-companheira na porta do trabalho no Rio de Janeiro.

A juíza Mariana Tavares Shu chamou o crime de ”gravíssimo” e afirmou que Eduardo Lima Barreto é de ”extrema periculosidade”. Na audiência de custódia neste domingo (30), a prisão foi convertida de flagrante em preventiva. A defensora pública de Eduardo, Tathiane Campos Soares, pediu liberdade provisória a ele, que foi negada pelo Tribunal.

A liberdade de Eduardo também poderia causar temor nas testemunhas que irão depor à Justiça, explicou a juíza. ”A crueldade dos fatos demonstra a mais absoluta inadequação do custodiado ao convívio social e sua extrema periculosidade”, acrescentou.

Juíza destacou que Eduardo possui diversas passagens criminais, inclusive por violência doméstica. O UOL tenta contato com a defesa do agressor, mas o espaço segue aberto para manifestação.

Luciene da Silva Queiroz Barreto foi atingida com três facadas, sendo uma na barriga e duas no tórax. No momento do crime, a vítima, que atuava como servidora de limpeza urbana da prefeitura, tinha acabado de chegar no local de trabalho para começar o expediente.

Vídeo divulgado nas redes sociais mostra a vítima já esfaqueada. Nas imagens, Luciene aparece com o uniforme da prefeitura e com as mãos na barriga para tentar estancar o sangramento. Em seguida, ela cai no chão. O socorro foi acionado e a mulher foi encaminhada ao Hospital Municipal de Belford Roxo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O UOL optou por não divulgar o vídeo.

Suspeito foi preso. Eduardo Lima Barreto chegou a ser perseguido por testemunhas, e acabou capturado por agentes da PM em um posto de gasolina em Heliópolis. Com ele, os militares apreenderam duas facas usadas para atingir Luciene.

Vítima tinha três medidas protetivas. Ela e o homem estavam separados há cerca de quatro meses, mas ele continuava a perseguí-la, de acordo com a polícia. A mulher obteve na Justiça o direito a três medidas protetivas que o impediam de se aproximar dela, mas o suspeito teria descumprido as ordens. Luciene e Eduardo são pais de um menino de 8 anos.

Caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Eduardo responderá pelo crime de feminicídio.

Redação / Folhapress

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