SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Sob intenso fumacê, Julian Marley, quinto filho de Bob Marley, se apresentou no palco principal do Vale do Anhagabaú, durante a Virada Cultural de São Paulo, para um público mais específico.
Foi um contraste em relação ao apelo de Joelma, um fenômeno da música paraense, e o provável furor que Pabllo Vittar causará na plateia, quando subir ao palco, às 2h.
As pessoas acompanharam o riff da guitarra de “Build Together” e, em seguida, de “Are You The One” dançando lentamente. Só se animaram com “Straighter Roads”. Para muitas delas, a presença de Julian era uma novidade. Em dado momento, o artista chegou a perguntar se o público estava dormindo.
Integrante do rastafarianismo, Julian, agora com 48 anos, é o único filho do rei do reggae a ter nascido em Londres, na Inglaterra. Ele sempre se interessou por música, tendo iniciado a carreira, tocando vários instrumentos – guitarra, baixo e bateria.
Sua discografia inclui os álbuns de estúdio “Lion In The Morning”, de 1997, “A Time & Place”, de 2003 e “Awake”, lançado quatro anos mais tarde.
À vontade no palco, Julian teve a luxuosa ajuda de duas cantoras, no backing vocal. Ora cantava tocando violão, ora circulava pelo palco, como em “Stir It Up”, canção que se tornou famosa na voz de seu pai e que logo foi reconhecida pelo público. Seguindo a trilha de Bob Marley, Julian entoou “Lively Up Yourself”.
Perto do palco, as melodias arrastadas do reggae propiciaram um clima de romance entre os casais. Longe, as pessoas se agrupavam em rodinhas para dançar.
Julian Marley encerrou o show pedindo liberdade, um tema central do reggae.
GUSTAVO ZEITEL / Folhapress