SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cúpula militar que assumiu o poder do Níger fechou o espaço aéreo do país neste domingo (6) ante ameaça de intervenção de países que integram a Cedeao (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental). De acordo com os militares, qualquer violação à ordem dada receberá resposta imediata.
A Cedeao havia estabelecido um prazo para a reintegração do presidente eleito do país, Mohamed Bazoum, que se esgota neste domingo. Anunciado há uma semana, o ultimato recebeu o apoio da União Europeia e dos Estados Unidos.
Bazoum está preso desde o dia 26 de julho, quando a junta militar do Níger, Intitulada Conselho Nacional de Salvaguarda, assumiu o país sob a liderança do general Abdourahamane Tiani.
Ao tomar o poder, o grupo afirmou que colocaria um “ponto final no regime que deteriorou a segurança nacional devido à má gestão”.
Neste domingo, quase 30 mil simpatizantes do grupo se reuniram em um estádio na capital Niamey para expressar apoio e ouvir os discursos da junta.
Segundo a AFP, o ministério da Defesa da Itália seguiu a movimentação da França e Espanha e ordenou a retirada de 65 militares. Outros voos estavam programados até o fechamento do espaço aéreo.
Países como a Nigéria, que faz fronteira com o Niger, pedem o fortalecimento de uma saída política e diplomática. Alguns comandantes da Cedeao, no entanto, já definiram um plano para uma eventual intervenção militar no país. Senegal colocou o exército à disposição do bloco.
Apoiadores do Níger, como Mali e Burkina Fasso, que também contam com governos antidemocráticos, disseram que uma intervenção seria considerada “declaração de guerra”.
Redação / Folhapress