SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um júri de Los Angeles, nos Estados Unidos, decidiu na segunda-feira (17) que o empresário Alki David deve pagar US$ 900 milhões (R$ 4,9 bilhões) a uma ex-funcionária que o acusa de estuprá-la. Ele nega as acusações.
Alki David é dono das marcas Filmon, de streaming de canais de TV; Hologram USA, de desenvolvimento de hologramas de artistas já mortos; e SwissX, de venda de produtos a base de canabidiol e captura de carbono.
Além disso, um fundo ligado à sua família é dono de parte da Coca-Cola Hellenic Bottling Company, engarrafadora da marca de bebidas para o mercado europeu.
Segundo o processo, o ambiente de trabalho das empresas de David é perigosamente hostil, com uma sala na Hologram USA chamada “The Rape Room” (a sala do estupro) e uma imagem pornográfica dizendo “Her-ass” (trocadilho em inglês com as palavras “assediar” e “bunda”) decorando a porta do RH.
A mulher, ex-funcionária de David, alega ter sofrido abuso sexual entre 2016 e 2019. Segundo comunicado do escritório Dordick Law Corporation, que a representa, o assédio continuou mesmo quando o empresário se envolveu em outro julgamento sobre o mesmo tipo de acusação em abril de 2019.
O julgamento, presidido pelo juiz Christopher L. Lui, definiu que, do total da indenização por danos morais, US$ 800 milhões terão caráter punitivo e US$ 100 milhões caráter compensatório.
Segundo os advogados, esse pode ser um das maiores indenizações por assédio sexual da história. Alki David já havia recebido decisões desfavoráveis por acusações semelhantes que somam mais de US$ 80 milhões.
Em vídeo publicado no Instagram nesta semana, David afirmou que ainda não há sentença definida e que um dos primeiros sites que publicaram a notícia, o portal TMZ, é de propriedade de um de seus rivais, a Fox Corporation. “Não há sentença alguma”, disse.
Redação / Folhapress