SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou um alvará de soltura permitindo que Brunella Hilton, candidata a vereadora pelo PSOL em 2024, responda em liberdade à acusação de tráfico por vender brigadeiros de maconha, conhecido como “brisadeiros”.
A decisão do juiz Carlos Eduardo Lora, da 3ª Vara Criminal, foi expedida nesta quinta-feira (20), após pedido da defesa da acusada.
O magistrado considerou que Brunella carregava “apenas a maconha, e não drogas mais graves, e em quantidades não tão elevadas”. Ele também citou que ela nunca havia respondido a um processo criminal. Assim, concedeu a liberdade provisória.
A ex-candidata foi presa no dia 2 de março. Policiais militares disseram ter encontrado mais de 800 gramas de brigadeiro com ela.
No dia seguinte à abordagem, Brunella passou por uma audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda. Um defensor público pediu a soltura dela, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo negou. Com isso, ela foi encaminhada para o CDP (Centro de Detenção Provisória) Pinheiros II, na zona oeste paulistana.
Brunella também preferiu que sua família não fosse avisada da prisão, segundo pessoas que tiveram contato com ela após a detenção.
A mãe dela chegou a registrar um boletim de ocorrência por desaparecimento no último sábado (15), mas depois foi informada pela 5ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Pessoas Desaparecidas que a filha estava presa.
Mulher trans e ativista, Brunella fez parte da candidatura coletiva Bancada dos LGBTQIA+, do PSOL, que conquistou 1.113 votos na última eleição municipal, em 2024.
BRUNO LUCCA / Folhapress