Justiça concede liberdade provisória a motorista de van em que menino de 3 anos morreu em SP

Criança morreu dentro da van | Foto: Reprodução/Instagram/@vivaabc_

Luciana Feliciano Araújo, 52, a motorista da van escolar na qual o menino João Alisson, de 3 anos, foi encontrado morto nesta segunda-feira (18), teve sua liberdade provisória concedida nesta terça (19) pelo TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

Ela havia sido presa em flagrante no 6º DP (Cambuci), por homicídio culposo, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), após a criança ter sido encontrada morta depois de ficar o dia inteiro dentro do veículo, sob um calor de 31,2°C na cidade, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da prefeitura.

A reportagem tentou contato com Araújo pelo telefone impresso na van escolar, mas ele estava desligado. Também não encontrou a defesa da motorista.

A condutora disse aos policiais que havia deixado a criança no CEI (Centro de Educação Infantil) Brás/Mooca de manhã, por volta das 7h45, e voltou para buscá-la à tarde, às 16h. No entanto, a professora do CEI disse que o menino não estava na escola. Ele foi encontrado embaixo de um dos bancos da van.

“Policiais militares foram acionados para atender a ocorrência de encontro de cadáver. No local informado, viram o corpo de um menino, de três anos, já sem vida, dentro de uma van escolar”, disse a SSP, em nota.

Apesar de liberada para responder ao inquérito policial em liberdade, Araújo terá de respeitar medidas cautelares impostas pela Justiça:

– comparecimento mensal em Juízo para informar e justificar suas atividades

– manter o endereço atualizado junto à Justiça, informando imediatamente eventual alteração

– proibição de ausentar-se da comarca de residência por mais de oito dias sem prévia comunicação ao juiz

– pagamento de fiança de dois salários mínimos (R$ 2.640).

A ocorrência foi encaminhada ao 8ºDP, no Belenzinho, que está responsável pelo caso.

Segundo a Prefeitura de São Paulo, a van está registrada no sistema para transporte escolar privado e em situação regular, com licença válida até 8 de fevereiro de 2024.

Este caso está seguindo os mesmo processo da morte do menino Apollo Gabriel Rodrigues, que também passou o dia inteiro dentro de uma van sob um calor de 37°C em 14 de novembro.

Naquela ocasião, o motorista Flávio Robson Benes, 45, e a esposa Luciana Coelho Graft, 44, que o auxilia no transporte de crianças para creche, também conseguiram liberdade provisória depois de passar por audiência de custódia e aguardam a Justiça em liberdade.

CLAUDINEI QUEIROZ / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS