SÃO PAULO, SP, E BARCELONA, ESPANHA (UOL/FOLHAPRESS) – A Justiça Espanhola deve julgar ainda neste ano se Daniel Alves é ou não culpado pelo caso de agressão sexual a uma mulher de 23 anos. O início do ano que vem é o prazo máximo.
A informação foi confirmada por fontes à reportagem depois de a defesa do brasileiro abrir mão de recorrer pela terceira vez -já teve o recurso à prisão negado duas vezes- para que o julgamento aconteça o mais rapidamente possível.
À reportagem, o advogado de defesa Cristóbal Martell diz que “ainda não há data para a audiência”.
O assunto será compartilhado entre as diferentes salas do Tribunal Provincial de Barcelona, algumas estão mais atrasadas, outras menos
Cristóbal Martell, advogado de Daniel Alves.
Tanto Martell como a advogada da mulher que acusa Daniel Alves, Ester García López, devem, agora, escrever suas teses, lidas pelo juiz no momento do julgamento. O Ministério Público participa do pronunciamento da acusação.
Se condenado, Daniel Alves pode pegar até dez anos de prisão sem direito a pagamento de fiança. O jogador terá, ainda, de pagar à mulher que o acusa uma quantia que chega a R$ 783 mil (150 mil euros).
CONFIRMAÇÃO DO PROCESSO
Na quarta-feira (2), Daniel Alves apresentou-se ao Juizado Número 15 de Barcelona para ouvir pessoalmente o auto em que é acusado de agressão sexual.
Durante cerca de 15 minutos, ele escutou o comunicado sobre o processo, e ouviu da juíza que poderia dar um novo depoimento.
O brasileiro disse que não queria prestar depoimento novamente. Segundo apurou o UOL, Daniel Alves afirmou à juíza que “não concorda” com a acusação, mas que não pretende recorrer.
RELEMBRE O CASO
Daniel Alves está preso desde 20 de janeiro acusado de ter estuprado uma mulher de 23 anos na boate Sutton, em Barcelona, em dezembro do ano passado. O jogador já prestou dois depoimentos à Justiça espanhola, aos quais o UOL teve acesso. O advogado do brasileiro, Cristóbal Martell, já entrou com três recursos à prisão, todos negados pela Justiça.
A advogada da mulher que acusa Daniel Alves, Ester García López, falou com exclusividade ao UOL em janeiro. Ela disse que a vítima, cujo nome não será divulgado, não quer a indenização à qual terá direito em caso de condenação. “Quero prisão”, teria dito a jovem.
TALYTA VESPA E THIAGO ARANTES / Folhapress