Justiça nega liberdade a acusado de matar idoso com chute no peito em Santos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça de São Paulo negou o pedido de liberdade de Tiago Gomes de Souza, acusado por matar um idoso com um chute no peito, em Santos, no litoral de São Paulo, em junho deste ano. O processo está na fase de alegações finais da defesa, segundo movimentação publicada no diário da Justiça na última quinta-feira (3).

Cesar Finé Torresi morreu aos 77 anos, segundo o laudo da polícia, por trauma cranioencefálico e por ter uma membrana do coração rompida pelo chute. O aposentado estava com o neto de 11 anos quando foi agredido por Tiago, que dirigia um Jeep Commander pela rua Professor Pirajá da Silva, no bairro Aparecida.

O advogado Eugênio Malavasi, que representa Tiago, afirmou que não vai impetrar um novo habeas corpus. Ainda, ele disse que vai manter a tese inicial da defesa, de que o homem tentou prestar socorro ao idoso. “Vou postular a desclassificação para lesão corporal seguida de morte”, disse Malavasi. Segundo o advogado, uma das testemunhas de acusação corroborou a tese da defesa ao dizer que viu Tiago tentar prestar socorro.

Segundo relato do neto de Cesar, corroborado à época por testemunha à polícia, eles atravessavam a rua entre os carros, pois o semáforo estava fechado. De forma repentina, Tiago, que dirigia um Jeep Commander, avançou com o automóvel sobre eles. Torresi então se apoiou no capô do carro.

Assim que avô e neto concluíram a travessia, de acordo com o relato, o condutor saiu do veículo e caminhou na direção deles. O homem então desferiu um chute no peito de Torresi, que caiu desacordado.

Pessoas que estavam no local acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a Polícia Militar. Enquanto o aposentado era atendido na rua pelos socorristas, o agressor deixou o local. Segundo testemunhas, ele correu para um shopping próximo e acabou preso no interior do centro de compras.

O idoso chegou a ser encaminhado para a UPA Zona Leste com traumatismo craniano, mas sofreu três paradas cardíacas, foi intubado e morreu.

Durante a reconstituição do crime em 13 de junho, Tiago foi hostilizado, ajoelhou-se e chorou, pedindo desculpas e olhando para o alto.

À época, segundo o 3º Distrito Policial de Santos, Tiago afirmou que havia tido um ataque de fúria e que sofria de transtorno de irritabilidade, para o qual fazia tratamento psiquiátrico.

Redação / Folhapress

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