Justiça torna réu homem que ofendeu Zanin em aeroporto de Brasília

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O TJ-DFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) decidiu tornar réu, na quinta-feira (27), Luiz Carlos Basseto Júnior, que ofendeu e ameaçou Cristiano Zanin em um banheiro do aeroporto de Brasília, em 11 de janeiro.

Nomeado no dia 5 como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), em decreto assinado pelo presidente Lula (PT), Zanin tomará posse na corte no dia 3 de agosto.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público pelo crime de injúria.

O juiz Tarcísio de Moraes Souza, da 6ª Vara Criminal de Brasília, considerou presentes os indícios de autoria e materialidade no pedido.

Além disso, determinou que Basseto Júnior apresente, no prazo de dez dias, resposta escrita acerca dos fatos, bem como se pretende constituir advogado para a sua defesa.

O acusado filmou a própria abordagem a Zanin. Ele disse: “Parece destino. O pior advogado que possa existir na vida aqui. Olha o bandido, o corrupto aqui”, diz o agressor, que aparece usando máscara. Ele também chama Zanin de “safado” e “vagabundo”.

Em seguida, passou a ameaçar agredir fisicamente o defensor do presidente. “Vontade de meter a mão na orelha de um cara desse. […] Tinha que tomar um pau de todo mundo que está andando na rua”, afirma, ao que Zanin, que não responde às agressões, deixa o local.

Zanin assumirá a vaga aberta em abril no STF com a aposentadoria de Ricardo Lewandowski. Advogado do presidente Lula nos processos da Lava Jato, Zanin teve seu nome chancelado pelo Senado por 58 votos a 18.

Antes da aprovação pelo plenário do Senado, Zanin passou por sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa, onde também teve seu nome aprovado, por 21 votos a 5.

A sabatina transcorreu sem sobressaltos e com elogios ao advogado, inclusive de senadores críticos a Lula, com menções positivas sobretudo ao perfil garantista de Zanin –ou seja, que reforça o direito de ampla defesa de acusados e investigados.

A escolha de Lula foi alvo de questionamentos de que poderia representar uma violação ao princípio da impessoalidade.

CONSTANÇA REZENDE / Folhapress

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