SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Endrick mostra versatilidade em campo vestindo as camisas do Palmeiras e da seleção, mas também tem variado suas comemorações. Três delas são as mais famosas. Cada uma tem uma explicação.
Kong
A mais nova -e polêmica- comemoração de Endrick. O atacante estreou a nova celebração no gol marcado contra o Independiente del Valle, pela Libertadores. A dose foi repetida na goleada do Palmeiras sobre o Liverpool-URU, na última quinta-feira (9), e não pegou bem com os uruguaios.
Após o gol marcado em Montevidéu, Endrick comemorou efusivamente e deu início à uma confusão com os adversários. O brasileiro chegou a se distanciar da confusão, mas não escapou de levar um cartão amarelo. Ele pediu desculpas e acabou substituído logo depois, mas negou que foi uma provocação aos uruguaios.
Como o próprio nome já diz, a comemoração é uma referência a ‘King Kong’, gorila que se tornou uma estrela do cinema, ainda que seja fictício. O camisa 9 explicou nos dois jogos o motivo de comemorar fazendo alusão ao personagem.
“Eu vi o filme ‘Godzilla vs Kong: O Novo Império’ e eu sou muito fã do Kong e do Pantera (Negra) também. É uma comemoração nova para mim”, disse Endrick à ESPN, após jogo contra o Del Valle.
“Talvez por ter sido ali do lado da torcida deles e não entenderam. Mas é um gesto que faço. Fiz também contra o Independiente (Del Valle) e falaram que foi uma comemoração bonita. Só quero mostrar que gosto do filme do Kong”, disse Endrick ao Paramount+ após a vitória sobre o Liverpool-URU.
‘Prazer, eu sou o Endrick’
Braço estendido e uma piscadinha: foi assim que Endrick comemorou alguns de seus gols se “apresentando” ao mundo do futebol. O gesto foi repetido em jogos do Palmeiras e viralizou, principalmente, no gol marcado pela seleção brasileira contra a Espanha, em amistoso.
O nome da comemoração fala por si só. Em entrevista ao programa “Conversa com Bial”, da TV Globo, Endrick explicou por que escolheu comemorar daquela maneira o gol marcado contra a Espanha, no estádio Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, clube onde vai jogar a partir do meio de 2024.
“Quando eu fiz (gol contra a Espanha) e fui deslizando, vi um torcedor com a camisa da Espanha na minha frente e falando -estou entendendo um pouco de espanhol- que estava me esperando lá e que vou ser um grande jogador. E eu estava fazendo minha comemoração, de ‘prazer, sou Endrick’. Esta imagem está na minha cabeça desde que fiz o gol.”
Silêncio
A primeira comemoração a viralizar de Endrick foi com o jogador levando o dedo indicador de uma das mãos à boca e fazendo um muque com o outro braço.
Em entrevista ao jornal “Marca”, da Espanha, em 2022, quando ainda tinha 15 anos, o atacante explicou que comemorava seus gols desta maneira como uma forma de dizer que as críticas e boatos sobre sua idade ser falsa o tornavam mais forte.
“Desde pequeno diziam isso [que tinha mais idade do que parecia], por isso celebro meus gols assim. Quanto mais eles dizem isso, mais força eles me dão porque isso significa que eu estou impressionando. Eu também coloco meu dedo indicador na boca para isso. Levanto o braço como quem diz que isso me dá mais força. E o silêncio é porque estão mentindo.”
Conselho de Abel Ferreira
No que depender do técnico Abel Ferreira, Endrick definirá uma comemoração como padrão antes de deixar o Palmeiras. Após a vitória do Verdão sobre o Liverpool-URU, o português disse que já aconselhou a joia a ter uma celebração como a sua tradicional, assim como outros astros do futebol mundial.
Pela visibilidade que ele tem agora, ele pode escolher uma única forma de comemorar os gols, eu disse a ele ‘escolha uma’. Há grandes jogadores no mundo que comemoram de maneira única e eu disse para ele escolher uma. Abel Ferreira, em entrevista coletiva
O treinador português ainda defendeu o jogador após a confusão gerada pela comemoração ‘Kong’. “Ele tem um coração muito puro, a comemoração ele já havia feito contra o Del Valle. Ele gosta muito de um filme que vocês conhecem, assim como eu. Eu entendi o público do Liverpool, mas ele não tem maldade nenhuma no coração dele. Ele já comemorava gols assim na base, contra o Del Valle… Não há provocação nenhuma”, disse.
RENAN LISKAI / Folhapress