Ladrões tentam roubar casa de Jane Birkin, que morreu há 3 dias aos 76 anos

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Ladrões tentaram roubar, na madrugada desta quarta-feira (19), a casa em que Jane Birkin, que morreu no domingo passado (16) aos 76 anos, morava em Paris, na França.

Por volta das 3h, um grupo de assaltantes tentou entrar na residência, que está sendo ocupada por uma amiga de infância da artista. Segundo a emissora francesa BFMTV, que reportou as informações de policiais, enquanto ela dormia, ela foi acordada após ouvir barulhos atrás da porta.

Os policiais que foram até o local constataram vestígios na porta de entrada, que foi forçada por bandidos, mas que não conseguiram invadir o local e fugiram. Os agentes também encontraram a presença de pedaços de madeira no chão, bem como danos na esquadria metálica da porta.

No dia anterior, três homens já haviam sido dispersados por vizinhos ao tentarem entrar no local. Após a tentativa de assalto, uma investigação foi aberta pela polícia.

MORTE DE JANE

A atriz, modelo e cantora inglesa foi encontrada morta em sua casa, em Paris, por seu cuidador. A causa da morte não foi divulgada.

Artista ficou conhecida no início dos anos 1970 por sua longa parceria romântica e artística com o músico francês Serge Gainsbourg, por sua atuação no cinema e por emprestar seu nome à luxuosa bolsa Birkin da grife francesa Hermès.

Nascida em Londres, Birkin surgiu no cinema nos filmes “A Bossa da Conquista” (1965), em que se destacou com uma cena de nudez, “Blow-Up” (1966), “Caleidoscópio” (1966), “Um Jogador Romântico” (1966) e “O Muro das Maravilhas” (1968).

Ao lado de Serge Gainsbourg, a atriz estrelou “Slogan”, filme de 1969 dirigido por Pierre Grimblat. No ano seguinte, a dupla lançou a faixa “Je t’aime… moi non plus”, que causou escândalo e foi censurada em vários países -inclusive no Brasil- por sua letra sussurrada então considerada sexualmente explícita.

Juntos, Jane e Serge trabalharam em filmes e músicas e tiveram uma filha, Charlotte. A relação amorosa que surgiu da relação profissional chegou ao fim em 1980. Segundo Birkin, Serge se tornou uma pessoa “temperamental”, viciado em álcool e cigarro e não a tratava bem. O músico causou polêmica ao colocar a filha, aos 13 anos, como protagonista do clipe de “Lemon Incest”, música que supostamente romantizava o incesto. Apesar disso, Jane e Charlotte seguiram celebrando a arte de Serge, que morreu em 1991.

Jane atuou ainda ao lado de Brigitte Bardot em “Se Don Juan Fosse Mulher” (1973) e em filmes baseados na obra de Agatha Christie, como “Morte no Nilo” (1978) e “Assassinato num Dia de Sol” (1982), além de seguir carreira com modelo e cantora, gravando 14 discos de estúdio.

Em 1984, Jean Louis-Dumas, chefe-executivo da grife Hermès, se inspirou em uma conversa que teve com a artista para criar a bolsa Birkin. A cantora encontrou Dumas em um avião rumo a Paris e, acidentalmente, derrubou o que estava guardado em sua bolsa de palha -à época, sua “marca registrada”. Na ocasião, disse a ele que precisava de uma bolsa mais espaçosa e flexível. Ali mesmo, o designer fez um rascunho da Birkin.

Seu último trabalho foi o documentário “Jane por Charlotte” (2021), dirigido por sua filha Charlotte Gainsbourg. Nele, ambas examinam a relação entre mãe e filha. Naquele mesmo ano, Jane teve um derrame após ter problemas cardíacos, mas, segundo fontes próximas, se recuperou.

Birkin deixa duas filhas: Charlotte Gainsbourg, do casamento com o músico, e a cantora Lou Doillon, do casamento com o diretor Jacques Doillon. Birkin também era mãe de Kate Barry, fruto do casamento com o compositor John Barry. Ela morreu em 2013, aos 46 anos.

Redação / Folhapress

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