SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os Jogos Olímpicos são tradicionalmente marcados por histórias de superação, sejam de recordes, limites ou medos. Esse é o caso da judoca brasileira Larissa Pimenta, 25, que venceu a disputa pelo bronze na categoria até 52kg em Paris-2024.
Depois de perder para a atual campeã olímpica Amandine Buchard, da França, e ver o sonho do ouro ser novamente adiado, a brasileira venceu a alemã Mascha Ballhaus na repescagem e disputou a medalha de bronze contra a campeã mundial Odette Giuffrida, da Itália, na arena Campo de Marte, em Paris, e garantiu a segunda medalha do judô brasileiro.
A medalha inédita para a brasileira é resultado de anos de esforços, que tiveram início com a superação do medo de competir. Pimenta, que começou no judô aos 8 anos em uma escolinha de São Vicente, no litoral de São Paulo, não gostava das competições, apenas dos treinos. À Folha ela lembrou que começou na modalidade por causa dos irmãos.
“Em casa, eles me batiam e a gente saía na mão, mas de maneira civilizada”, contou a judoca, que simultaneamente ao judô também praticava luta olímpica, modalidade na qual também foi campeã nacional de base.
Assim que passou a competir, ascendeu rapidamente. Em 2015, ela conquistou o título na categoria ligeiro (até 48 kg) do Troféu Brasil, a mais importante competição individual do país, e foi convidada para treinar com a seleção adulta em Mangaratiba (RJ), na preparação para o Pan de Toronto. Já no ano seguinte, no Jogos do Rio-2016, a judoca foi a caçula do grupo brasileiro.
Em 2018, já aos 19 anos, Pimenta conquistou a medalha de ouro nos Jogos Sul-Americanos, realizados em Cochabamba, na Bolívia. Desde então, coleciona ao menos outras oito medalhas de ouro, três de prata e sete de bronze em campeonatos mundiais, jogos Pan-Americanos e outras competições.
CAROLINE HARDT / Folhapress