SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O russo Nikita Mazepin, que participou da temporada de 2021 da Fórmula 1, anunciou sua aposentadoria do mundo do automobilismo aos 25 anos.
Mazepin atuou pela Haas há três anos ao lado de Mick Schumacher, mas protagonizou uma série de lambanças não conseguiu pontuar ao longo de 22 GPs.
Na temporada seguinte, ele foi demitido da equipe em uma sanção devido à guerra Rússia-Ucrânia. Nos últimos meses, a União Europeia retirou as punições e liberou seu retorno à F1, mas não houve espaço no grid.
O russo citou o período afastado como um dos motivos da aposentadoria precoce. “Foi doloroso ver todos na F1 avançando e não fazer parte disso. A nova decisão nos tribunais é doce, mas a verdade é que não consigo recuperar esses anos – que são essenciais na vida e no desenvolvimento de qualquer atleta profissional.”
Leia o anúncio de Mazepin:
“Queria falar com muitos amigos e fãs que enviaram os seus parabéns agora que estou oficialmente fora da lista de sanções. Já se passaram mais de dois longos anos, e os tribunais proferiram sua decisão a meu favor. Claro, estou feliz. Ao mesmo tempo, me pergunto para que serviu tudo isto – ser sancionado num momento vital da minha carreira e ver o tribunal europeu decidir que tudo foi um grande erro.
Muitos de vocês perguntaram o que vem a seguir para mim.
O tempo coloca as coisas em perspectiva. E tive muito tempo para pensar sobre meu passado e meu futuro. Acho que, agora, posso dizer que o primeiro ato da minha vida foi realmente moldado e dedicado a tentar ser o melhor no automobilismo. Foi o amor pela velocidade. Foi a emoção da competição. Foi progredindo no kart, depois na F3 e na F2. Foi a busca por uma vaga na Fórmula 1. E, em parte, esse sonho foi realizado e eu tive o gostinho daquele mundo, e adorei. Sério. Aquela temporada [2021] foi difícil e tive que sofrer alguns golpes públicos, mas estava vivendo a promessa da próxima temporada, com um carro novo e um pouco de experiência.
Como todos sabemos, essa temporada não aconteceu. As razões, todos nós também sabemos. E esse foi o fim abrupto da carreira. Foi doloroso ver todos na F1 avançando e não fazer parte disso. A nova decisão nos tribunais é doce, mas a verdade é que não consigo recuperar esses anos – que são essenciais na vida e no desenvolvimento de qualquer atleta profissional. Isso me faz agora, com a idade avançada de 25 anos, perceber que é hora de olhar para frente, não para trás. Chegou a hora de escrever o próximo ato da minha vida adulta. Há sonhos vinculados, mas não à velocidade e aos troféus, mas sim à aplicação da minha mente e à descoberta do meu propósito. Isso virá com a conclusão da minha educação, trabalhando duro e cuidando bem do meu espírito ao longo do caminho. Gostaria de agradecer imensamente a todos que me apoiaram – e até mesmo àqueles que não o fizeram durante todo o meu tempo no automobilismo. Tudo isso me tornou mais forte. Então, embora você não me veja na Fórmula 1, ficarei feliz em compartilhar novidades com você sobre meus próximos passos.”
Redação / Folhapress