SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Doris Monteiro (1934 – 2023) e Leny Andrade (1943 – 2023) morreram nesta segunda-feira (24), ambas no Rio de Janeiro.
As duas se encontraram em 2017, quando gravaram as músicas da edição carioca do show dos 100 anos de Dalva Oliveira. Doris cantou o samba “Zum zum” e Leny cantou “Há um Deus”.
As artistas voltaram a se encontrar em abril de 2019, no Troféu Feira do Vinil do Rio, quando foram as homenageadas da premiação. Na ocasião, Leny já usava caldeira de rodas para se locomover, mas compareceu sem problemas ao prêmio.
MORTES
Conforme informado pela família, Doris morreu de causas naturais, em sua casa, no Rio de Janeiro. Ainda não há informações de velório e sepultamento.
Ela é considerada uma das precursoras da bossa nova. Nascida Adelina Doris Monteiro, em outubro de 1934, a cantora começou a fazer sucesso aos 15 anos em shows de calouros nas rádios.
Aos 16 anos, era contratada da Rádio Tupi e se apresentava como “crooner” no luxuoso hotel Copacabana Palace, onde se apresentava com a mãe ao lado, por ser menor de idade. Com o destaque, foi convidada para gravar seu primeiro disco em 1951.
Já Leny morava no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, e no mês passado ficou duas semanas internada com pneumonia.
Leny era admirada por ícones da música nacional e mundial. Um de seus fãs era Tony Bennett, que assistia a seus shows na primeira fila. No Brasil, seus fãs incluem Margareth Menezes, Mônica Salmaso e Zélia Duncan, que demonstravam sua admiração no Instagram da cantora.
A cantora acompanhou o surgimento da Bossa Nova. Aos 15 anos, já se apresentava em bailes e programas de calouros, e foi convidada a cantar no Beco das Garrafas – travessa conhecida como o berço da Bossa Nova. Conheceu nomes como Sérgio Mendes e Tom Jobim – que, de acordo com Leny em entrevista ao UOL em 2019, “não era homem para atacar”:
Leny foi uma das responsáveis por levar a música brasileira ao resto do mundo. Passou cinco anos morando no México e chegou a ter um apartamento em Nova York, onde se apresentava com frequência.
Redação / Folhapress