Lesões embaralham seleção, e Ederson admite que ‘time precisa mostrar mais’

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – As lesões embaralham a disputa e a continuidade na seleção. Do goleiro ao ponta esquerda. E Ederson vive isso. Ele deve ser o titular na meta, com o corte de Alisson. Mas já viveu o contrário, de perder a Copa América porque estava com um problema médico. No meio disso tudo, o goleiro do Manchester City reconhece que a seleção precisa melhorar e está devendo. O jogo contra o Chile, quinta-feira, pelas Eliminatórias, é o próximo desafio.

“Não estamos em bom momento, Chile também. Temos que mostrar mais, nos dedicar mais, e voltar ao topo da tabela onde deveríamos estar. Com as vitórias vem a confiança e futebol. O mais importante agora é vencer”, disse Ederson, em coletiva nesta terça-feira, em São Paulo, onde a seleção treina antes da viagem a Santiago.

E o que as lesões representam para o time? “Os lesionados geram oportunidade para quem treina bem e joga bem nos clubes. Espero estar apto para ajudar a seleção. Sabemos da importância desse jogo e espero estar 100% focado. Meu primeiro jogo foi contra o Chile e voltar justamente contra o Chile terá sabor especial para mim”.

Os próprios problemas com lesão. “Nessa última temporada tive algumas lesões que me apertaram um pouco, principalmente a do globo ocular. Era o final do campeonato, disputa por título. Perder a Copa América foi muito complicado. Pude descansar, esvaziar a cabeça junto com a minha família”.

O QUE MAIS EDERSON DISSE:

– Mudanças do jeito de jogar com Ederson no gol?

“A princípio não conversamos nada sobre isso. Teoricamente é o mesmo padrão, com iniciação curta. É um escape como no City, acabo sendo muito utilizado. Se o Chile for fazer pressão alta, posso ser utilizado. Seria muito importante para a nossa construção”.

– Se sente injustiçado por não ser titular em Copa?

“Acho que não, todos os treinadores tomam decisão e 11 jogam. Com a qualidade dos que temos, se optou pelo Alisson e eu trabalhei e me dediquei da mesma forma, nunca baixei a cabeça. Continuo com a mesma convicção de treinar bem e estar entre os 11 em uma Copa do Mundo”.

– Responsabilidade maior na seleção

“Sou um dos mais experientes do grupo com Danilo, Weverton e Marquinhos. Cada um tem sua forma de liderança. Entre os 23 todos têm que ter responsabilidade e liderança, independentemente da idade. Os mais velhos dão indicação aos mais jovens, como Danilo, Weverton, Marquinhos, eu? Passamos o que vivenciamos na seleção e isso dá experiência aos mais novos. Essa geração é um pouco diferente, mas falamos ao máximo e todos juntos por um grupo forte”.

– Desconexão com o torcedor

“No fim do ciclo do Tite houve dois treinadores, o Ramón e o Diniz. E agora com o Dorival. É pouco tempo de trabalho, seleção gera expectativa rápida, com bom futebol e vitórias. Mas o processo leva tempo. Sabemos da impaciência do torcedor e da imprensa também, as cobranças, e temos que dar resposta imediata. Começar ganhando os jogos para retomar confiança do melhor futebol do mundo. Trazer a torcida de volta é muito importante”.

– Taffarel machucado

“São dois nomes constantes nas convocações, duas baixas, dois grandes nomes. A cada corte temos oportunidade na comissão ou jogador. Marquinho já conheço há um bom tempo, agora o Octavio também. Nos comunicamos bem, fizemos um grande trabalho e espero que alcancemos nossos objetivos”.

EDER TRASKINI E LUCAS MUSETTI PERAZOLLI / Folhapress

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