SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), repudiou a briga na qual o deputado do PT Washington Quaquá (MG) deu um tapa na cara de um colega durante a promulgação da reforma tributária.
Guimarães classificou o episódio como “lamentável”. “Quando eu entro naquele plenário, aquilo não um terreiro de briga de galo, não. Aquilo não pode ser esse tipo de coisa”, disse o líder, em entrevista à GloboNews.
O líder cobrou Arthur Lira por punições pelo Conselho de Ética da Câmara. “Não se respeita mais nada. Você diz palavrão ali dentro e não acontece nada. Há de se chamar o feito à ordem. Então, presidente Arthur Lira, o Conselho de Ética precisa por fim a esse tipo de comportamento que agride o Parlamento e enoja a população brasileira desse tipo de conduta”, afirmou Guimarães.
DEPUTADO DO PT BATE NA CARA DE COLEGA NA CÂMARA
Washington Quaquá agrediu deputado do Republicanos após ter sido impedido de fazer filmagem com celular. Segundo o parlamentar petista, ele queria fazer a gravação para denunciar ofensas de deputados oposicionistas contra Lula, que acompanhava presencialmente a promulgação da reforma tributária, mas Messias Donato (Republicanos-SE) tentou tomar o aparelho dele.
O petista chamou o bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) de “viadinho” enquanto se dirigia para o embate com Donato. A fala preconceituosa ocorreu segundos antes do tapa na cara do deputado do Republicanos.
Na sequência, o petista se afastou, mas sem deixar o plenário. Seguranças foram para o local da agressão e se posicionaram entre as bancadas da esquerda e da direita, segundo disse ao UOL o deputado Caveira (PL-PA). Não houve outro registro de brigas.
DEPUTADO QUE LEVOU TAPA CHOROU AO FALAR DA AGRESSÃO
Parlamentar agredido cobra repostas e diz ter medo. O deputado federal Messias Donato chorou no plenário da Câmara dos Deputados ao comentar o caso na noite desta quarta-feira (20). Em sua fala, destacou que a resposta do caso deve ser para todos os brasileiros e comentou estar abalado de forma física e psicológica.
O deputado se disse “humilhado”. “Essa Casa não serve para isso, não é um ringue. A briga é no campo de ideias, cada um fica nas trincheiras que defende. Eu não tenho culpa, senhor presidente, se eu defendo a vida, a família, os valores cristãos, eu não tenho culpa”, disse.
Redação / Folhapress