PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – A concessionária Fraport, que administra o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, anunciou a conclusão da limpeza do piso do terminal de passageiros neste domingo (30).
O prédio do aeroporto foi alagado pela enchente que atingiu Porto Alegre, e as atividades estão paralisadas desde o dia 3 de maio no local.
A conclusão da limpeza abre caminho para a retomada das operações de embarque, desembarque e check-in, o que deve ocorrer em até duas semanas. Atualmente esses serviços são feitos no terminal improvisado montado no ParkShopping Canoas, na região metropolitana, que será encerrado com a reabertura do Salgado Filho.
Os pousos e decolagens vão continuar ocorrendo na base aérea de Canoas até a liberação da pista do aeroporto de Porto Alegre, algo previsto para ocorrer somente em dezembro.
A operação em Canoas foi ampliada, com novas ofertas de voos noturnos após obras de infraestrutura e iluminação. Neste domingo (30), a quantidade de voos diários passou de cinco para sete, elevando a capacidade semanal do aeródromo de 70 movimentos de pouso e decolagens para 98. Os voos têm como destino os aeroportos paulistas de Congonhas, Guarulhos e Viracopos.
Questionada pela reportagem sobre como será feito o transporte dos passageiros entre o terminal em Porto Alegre e a base aérea em Canoas, a Fraport respondeu que o processo está em fase final de ajustes e que mais detalhes serão divulgados nos próximos dias.
As atividades no aeroporto Salgado Filho começaram a ser restabelecidas em junho, com a reativação do terminal de cargas para recebimento e retirada de mercadorias por transporte rodoviário.
Também em junho, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e a Força Aérea deram autorização para a retirada de nove aeronaves do aeroporto, de um total de 47 que haviam ficado retidas.
Apesar do aumento na oferta de voos, o Rio Grande do Sul deve ter mais prejuízos com o fechamento de seu principal aeroporto. A base de Canoas e outros terminais do estado, como Caxias do Sul, Passo Fundo e Santo Ângelo, não conseguem absorver a demanda, o que deve impactar o turismo gaúcho durante a alta temporada de inverno.
CARLOS VILLELA / Folhapress