SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A loja Portal das Câmeras, saqueada na Santa Ifigênia no último dia 27, foi furtada novamente nesta sexta-feira (9). Dessa vez, o escritório da empresa foi alvo de criminosos.
Quatro suspeitos teriam participado do crime. Um deles escalou o prédio, quebrou a janela do escritório no primeiro andar e invadiu a sala, de acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar.
Foram levados dois computadores, dois notebooks e uma televisão, resultando em um prejuízo total de R$ 15 mil.
Após o ocorrido, o suspeito desceu do prédio e fugiu junto com os demais envolvidos. Ainda segundo a PM, o caso foi registrado como furto a estabelecimento comercial.
A ação dos criminosos foi gravada pelas câmeras de segurança. Nas imagens, é possível ver o momento em que o suspeito joga os equipamentos eletrônicos pela janela, que são recolhidos pelos comparsas.
O escritório da loja fica a cerca de 800 metros do estabelecimento saqueado no final de janeiro. Na ocasião, foram levados câmeras, gravadores digitais de vídeo, cabos, fontes, conectores, estabilizadores e nobreaks, totalizando um prejuízo de R$ 300 mil.
“NÃO É DE AGORA”
Após o saque na unidade da Santa Efigênia, José Carlos de Souza, dono da loja de eletrônicos, disse que faltou ação do poder público.
“A gente já vem sofrendo há vários anos, não é de agora. E o poder público promete e nada acontece. Estamos à mercê da nossa sorte”, afirmou, em entrevista à TV Globo.
O gerente da loja, Ricardo Aquino, afirmou que o estabelecimento será fechado. “A gente vai ter que fechar essa unidade. Para refazer essa loja vai um dinheiro que a gente não tem. Não tem estoque mais para trabalhar. Então, a gente vai ter que fechar essa unidade”, declarou.
“A primeira reação que a gente tem é de decepção, da impotência que estamos como comerciantes. Não é a primeira vez que acontece, tivemos outra loja já arrombada. Fechamos três lojas, estamos fechando mais uma. Nesse ritmo vamos acabar fechando as outras também. Não tem como continuar. Já demitimos mais de 30 funcionários e agora mais 10 vão ser demitidos quando fecharmos essa aqui também”, disse ele.
Apesar da insegurança, lojistas não pretendem deixar a região. “O público que gastava um pouco mais ficou mais arredio de vir devido à repercussão dos incidentes na ‘cracolândia’ e pelo que passa no jornal. Agora, se você vir até a rua, temos estacionamentos conveniados e seguranças por toda parte”, argumenta João Carlos Faria Junior, diretor comercial da empresa de materiais elétricos Andra.
Redação / Folhapress