LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) – Lojas de comércio online aproveitam a grande exposição do acidente com o submersível Titan, que implodiu no oceano Atlântico, para tentar lucrar com produtos que remetem ao caso.
Sites colocaram à venda pequenas réplicas do veículo fabricado pela empresa OceanGate que fazia uma expedição para ver os destroços do Titanic -o acidente matou cinco pessoas no mês passado.
As réplicas podem ser encontradas à venda por valores que variam de R$ 36,90 a R$ 139,90. Os modelos são feitos por impressora 3D e vendidos em sites como o Mercado Livre e a Shopee.
“Tenha seu próprio Titan da OceanGate em miniatura”, diz um dos anúncios, que recomenda não deixar o produto exposto ao sol intenso e não lavar com água quente.
Outros sites, como o Aliexpress, comercializam uma camiseta com o logo da OceanGate. Na versão europeia da loja online, as peças custavam, na noite desta quarta-feira (5), EUR 10,66 (cerca de R$ 55) –os produtos não aparecem na versão brasileira.
O Titan desapareceu no Atlântico, com cinco pessoas a bordo, no último dia 18, 1h45 após o início do mergulho para ver os destroços do Titanic. Depois, em 22 de junho, a Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou que o submersível sofreu uma implosão.
Desde então, surgiram muitas questões sobre a infraestrutura do modelo operado pela OceanGate. Mais de uma vez, a empresa foi alertada por especialistas sobre os possíveis problemas do submersível, mas descartou as críticas alegando que se tratava de um trabalho inovador.
Estavam no Titan o empresário americano Stockton Rush, 61, dono da OceanGate e piloto do veículo, o bilionário britânico Hamish Harding, 58, presidente-executivo da empresa Action Aviation, o empresário paquistanês Shahzada Dawood, 48, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman Dawood, 19, e o francês Paul-Henri Nargeolet, 77, mergulhador especialista no Titanic.
A embarcação tinha capacidade de funcionar de forma autônoma, fornecendo oxigênio a seus ocupantes, por 96 horas. O submersível Titan era dirigido por um controle semelhante ao de videogames, e seu interior era apertado e simples.
Os destroços do submersível foram retirados do oceano na manhã do último dia 28. A Guarda Costeira dos EUA afirmou que as análises iniciais mostraram possíveis restos humanos nos destroços.
Redação / Folhapress