Ludmilla brilha no palco principal do Rock in Rio após ameaça de cancelamento

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Depois de uma tarde incerta, que deixou fãs e equipes que trabalham no Rock in Rio sem saberem se Ludmilla faria seu show no primeiro dia do evento, a cantora subiu ao palco no começo da noite desta sexta, 13, para uma apresentação que serviu para provar seu tamanho de uma vez por todas.

Chegou um pouco atrasada, mas deixou fãs aliviados -e já entrou cutucando haters com uma música de abertura que rebatia críticas que recebeu ao longo de sua carreira citando credenciais como o Grammy Latino que ganhou em 2022 e sua trajetória internacional.

“Depois de tanto tempo, Ludmilla finalmente no palco principal”, ela disse logo no começo do show, no fim de uma sequência imbatível com seus hits “Rainha da Favela”, “Onda Diferente”, sua parceria com Anitta, e “Verdinha”.

A frase é uma provocação ao próprio Rock in Rio, que levou anos para promover a cantora, uma das mais populares do Brasil, ao seu palco mais nobre. E não foi por falta de provas dadas por Ludmilla.

Em sua estreia no evento, em 2022, ela fez um dos shows mais celebrados daquela edição e fechou o palco Sunset, o secundário do evento -o que levantou comentários de que ela teria sido subestimada pela programação.

No ano seguinte, na primeira edição do The Town, festival irmão e paulista do Rock in Rio, foi promovida ao palco principal, o Skyline, e mostrou uma produção de R$ 3 milhões. Fez, de novo, um dos melhores shows do evento.

Hoje, chegou ao posto principal do evento como a primeira confirmada para a edição que comemora os 40 anos do festival, e agradou o público de um dia que teve boa parte de sua programação dedicada ao trap.

A boa notícia é que Ludmilla se garante em praticamente qualquer circunstância -joga nas 11 posições, como ela mesma brincou. Transitou com facilidade entre seus sucessos enérgicos do funk e do pop e momentos mais introspectivos de músicas pautadas no R&B.

O gênero apareceu em um bloco do repertório dedicado a mostrar a potência vocal da cantora. Se isso desanimou um pouco o público, também garantiu um belo momento de vocal e baixo em que ela uniu a canção “Snooze”, de SZA, ao pagode romântico “Não Quero Mais”.

Da parte bem-sucedida de sua discografia dedicada ao pagode, Ludmilla pinçou “Maldivas” e “Maliciosa”, por exemplo. Para o momento baile funk, fez um grande medley com trechos de músicas mais antigas como “Din Din Din”, “24 Horas por Dia” e “Vem Amor”.

Em vários momentos, sua banda se destacou repaginando com capricho velhas conhecidas do público, como na versão mais suingada e com uma forte linha de baixo de “Deixa de Onda” ou nas guitarras mais pesadas de “Favela Chegou”.

Foi a apresentação mais importante de Ludmilla no festival carioca, e também uma evidência de que o palco principal era o que sempre esteve mais a altura de suas credenciais.

Em meio a impasses como o de mais cedo, quando a artista teria tido parte de sua estrutura barrada pelo festival -o que quase fez com ela cancelasse o show- o Rock in Rio e o público saem da apresentação entendendo um pouco melhor o poder de Ludmilla.

LAURA LEWER / Folhapress

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