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Luiz Gustavo pode voltar em breve, mas tem que descobrir origem de problema

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O volante Luiz Gustavo já teve alta do Hospital Albert Einstein após ficar internado por um tromboembolismo pulmonar, mas segundo especialistas ouvidos pela reportagem, é importante que o jogador descubra qual é a origem do problema.

Médicos pneumologistas ouvidos pela reportagem dividiram a embolia em dois tipos: provocada e não provocada. O desenvolvimento da condição na idade do atleta é considerado precoce.

Provocada é quando, por exemplo, o atleta sofre um trauma na perna, ocasionando uma trombose em uma veia profunda. Se a embolia não foi provocada, é preciso fazer uma avaliação médica para verificar se há, ou não, uma predisposição para ter esses trombos, incluindo histórico familiar e exames laboratoriais, entre outros fatores.André Albuquerque, coordenador de Pneumologia da Rede D’Or de São Paulo

O tratamento vai depender da gravidade da embolia pulmonar. Nos casos leves, sem maiores gravidades, o tratamento mais comum é usar um anticoagulante, evitando a formação de novos trombos. Os casos mais graves são, principalmente, aqueles em que há uma sobrecarga no coração. O grande risco da embolia pulmonar é gerar essa sobrecarga.

Especialistas também alertam para os riscos em viagens longas como as que o São Paulo costuma fazer para atuar fora de casa. Um voo de mais de quatro horas já é considerado de longa duração e necessita de cuidados.

Ter um episódio de tromboembolismo aumenta o risco de episódios recorrentes. Logo, é importante definir se há causas genéticas ou episódios decorrentes de viagens longas, lesões ortopédicas. O retorno competitivo exige avaliação médica rigorosa, inclusive pode ser necessário exames de imagem e testes de capacidade física. Em casos de viagens longas, sugere-se o uso de meias compressivas, hidratação adequada antes e durante o voo. Além disso, movimentar-se em alguns momentos durante o voo, estimulando a circulação. Para alguns pacientes, é necessária a anticoagulação antes do voo, sob orientação médica.Flávia Magalhães, médica do esporte que trabalha com futebol há mais de 20 anos, com passagens por vários clubes, CBF e Conmebol

O prazo para retorno aos treinos varia a cada caso e depende de como o corpo do paciente responde. Para Albuquerque, a média fica entre duas e quatro semanas para casos leves, mas pode chegar a três meses para casos mais graves. O tratamento, por outro lado, é ainda mais longo.

Geralmente o uso de anticoagulantes é de 3 a 6 meses, podendo ser estendido se houver fator de risco persistente ou recorrência. No esporte há risco de sangramento em traumas. Após o diagnóstico de tromboembolismo é importante descobrir o fator desencadeante, que pode ser feito através de pesquisas de predisposição genética e de distúrbios de coagulação – trombofilias.Flávia Magalhães

O quadro já acometeu outros jogadores do próprio São Paulo, como o zagueiro Rodrigo, que continuou sua carreira jogando normalmente.

O QUE É O TROMBOEMBOLISMO

O tromboembolismo pulmonar ocorre quando uma ou mais artérias pulmonares ficam bloqueadas por um coágulo sanguíneo que, em grande parte dos casos, são originários das pernas. Jogadores de futebol estão expostos a diversos fatores de risco para o tromboembolismo pulmonar (TEP), especialmente devido ao estilo de vida e à rotina de treinamentos. Viagens longas, comuns em torneios internacionais, favorecem a estase venosa – dificuldade de o sangue circular – nos membros inferiores, aumentando o risco de coágulos. A desidratação, frequente após treinos intensos e jogos em climas quentes, também contribui para a formação de coágulos, assim como lesões musculoesqueléticas e imobilizações que geram trombose venosa profunda (TVP).Flávia Magalhães

EDER TRASKINI / Folhapress

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