Lula anuncia Plano Safra da Agricultura Familiar de R$ 71,6 bilhões

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) anunciou nesta quarta-feira (28) o Plano Safra voltado à agricultura familiar. O mandatário afirmou que o programa prevê a destinação de R$ 71,6 bilhões ao crédito rural para 2023 e 2024. Segundo ele, o montante é 34% superior à safra passada.

Também está prevista a redução da taxa de juros de 5% para 4% ao ano para quem produzir alimentos específicos, como arroz, feijão, leite e ovos, entre outros.

Diversas lideranças e militantes do MST (Movimento Sem Terra) participaram do evento no Palácio do Planalto.

No discurso, Lula mandou indiretas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Veja que diferente de outros presidentes, eu não estou mandando vocês comprar armas, porque diziam para comprar para defender a democracia. Eu quero que vocês produzam o máximo que puderem produzir de alimentos da maior qualidade porque a grande arma que precisamos do país é povo de barriga cheia”, afirmou.

O chefe do Executivo voltou a falar em criar uma “prateleira” de terras para evitar invasões.

“Se nós temos em cada estado um instituto que cuida da terra, a minha pergunta é a seguinte: por que a gente tem que esperar as pessoas invadirem uma terra para a gente poder comprar? Por que a gente não faz um levantamento de todas as terras devolutas, todas as terras ociosas, e a gente cria no governo um balcão, uma prateleira de terras?”, disse.

Segundo ele, a ideia pode ser estendida para a área urbana também. “Isso vale tanto para o campo quanto como vale para a periferia desse país. Quantas terras deve ter devolutas, deve existir da União, nos Estados e o povo morando apinhando em palafita, enquanto a gente pode dar aquela terra para o povo, fazer financiamento, e recuperar a dignidade do ser humano”, afirmou.

Na terça-feira (27), Lula já havia anunciado que o Plano Safra 2023/2024 irá somar R$ 364,22 bilhões para o financiamento da atividade agropecuária de médios e grandes produtores rurais.

O anúncio do valor, recorde -conforme antecipou a Folha-, acontece em meio aos esforços do governo para melhorar a relação com o agronegócio, setor que esteve próximo de Jair Bolsonaro (PL).

MATHEUS TEIXEIRA / Folhapress

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