SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), será condecorado com a Ordem do Mérito da Defesa, concedida pelo Ministério da Defesa. A atribuição foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (14), em decreto assinado pelo presidente Lula (PT).
Ex-líder do governo de Jair Bolsonaro (PL) na Casa, Portinho receberá o grau de Grande-Oficial, o segundo entre os cinco que compõem a Ordem.
Ele é considerado um parlamentar próximo das Forças Armadas e tem uma atuação dedicada aos militares, sendo autor da PEC (proposta de emenda Constitucional) que quer garantir que o orçamento de defesa do Brasil seja igual ou superior a 2% do PIB (Produto Interno Bruto).
Portinho afirma à reportagem que aceitará e receberá a honraria com orgulho. “É uma comenda do Estado brasileiro e o reconhecimento do meu trabalho à frente do mandato em favor da Defesa Nacional, pois sempre valorizei nossas Forças Armadas e contribuo com ações objetivas”, diz ele.
Portinho rechaça qualquer desconforto ser contemplado no governo Lula. “A comenda é do Estado e das nossas Forças Armadas, que estão além do governo”, afirma. “Não tenho constrangimento nenhum. Defendo o Estado brasileiro, sou senador da República e me sinto honrado”, completa.
A Ordem do Mérito da Defesa será entregue a dezenas de outras pessoas, incluindo parlamentares, ministros do governo, militares e integrantes do Judiciário.
Serão admitidos no mesmo grau que Portinho o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cristiano Zanin, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, os senadores Angelo Coronel (PSD-BA), Augusta Brito (PT-CE), Teresa Leitão (PT-PE), Esperidião Amin (PP-SC) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), a ex-senadora Kátia Abreu e os deputados federais Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Elmar Nascimento (União-BA), ambos candidatos à sucessão de Arthur Lira (PP-AL).
No grau Grã-Cruz, o mais alto da Ordem do Mérito da Defesa, serão contemplados os ministros Renan Filho (Transportes), Margareth Menezes (Cultura), Cida Gonçalves (Mulheres), Anielle Franco (Igualdade Racial), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Carlos Fávaro (Agricultura), Camilo Santana (Educação), André Fufuca (Esporte) e Jader Barbalho Filho (Cidades).
A publicação no Diário Oficial da União ainda promove ao grau de Grã-Cruz o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), o general da reserva Marcos Antonio Amaro.
MÔNICA BERGAMO / Folhapress