SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Lula não vai mais embarcar para a Rússia, onde participaria da reunião de cúpula dos Brics.
Ele foi internado no hospital Sírio Libanês de Brasília após um acidente doméstico em que sofreu uma queda no banheiro e bateu a cabeça.
O acidente ocorreu na noite de sábado (19). Lula foi ao hospital, recebeu os pontos, voltou para a residência oficial, no Palácio da Alvorada, e neste domingo (20) retornou para a instituição médica para novos exames.
Ele agora está em casa, mas permanece em observação. Deve despachar normalmente na segunda (21).
Lula vai participar da reunião do Brics por videoconferência. Ele está reunido neste domingo com o chanceler Mauro Vieira para discutir a operacionalização e os detalhes de suas intervenções.
De acordo com boletim médico, ele sofreu “ferimento corto-contuso em região ociptal”, responsável pela percepção visual. O petista levou pontos na região atrás da cabeça.
“Após avaliação da equipe médica, [Lula] foi orientado a evitar viagem aérea de longa distância, podendo exercer suas demais atividades”, diz o boletim. Um voo do Brasil a Kazan, onde será realizado o encontro, pode durar 17 horas. Os médicos consideraram que o melhor para o presidente era ficar em Brasília.
A viagem estava prevista para ocorrer neste domingo (20), mas foi cancelada depois que o presidente fez exames que indicaram a necessidade de ele permanecer em Brasília.
Ele foi atendido pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, que viajou para a capital para atender o presidente.
A reunião dos Brics seria o primeiro encontro de Lula com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, depois do início de seu terceiro mandato.
Em setembro, os dois conversaram por telefone e discutiram uma proposta para encerrar a Guerra da Ucrânia.
Segundo o Palácio do Planalto divulgou à época, eles abordaram o plano conjunto de Brasil e China para encerrar o conflito, que tem como um dos pontos principais a realização de uma conferência internacional com a participação de Moscou e Kiev, atuando de forma igualitária.
MÔNICA BERGAMO / Folhapress