Lula conversa com presidente da Colômbia sobre a seca extrema na Amazônia

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou por telefone nesta quinta-feira (19) com seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, para discutir a seca extrema na região da Amazônia.

Por sugestão de Petro, os dois trataram de uma reunião envolvendo também Equador e Venezuela para formular um plano comum de enfrentamento à seca.

A região da Amazônia enfrenta uma severa estiagem, que já secou rios e vem afetando a população com falta de água, interrupção no fornecimento de energia e dificuldades com transporte, entre outros problemas.

O rio Negro atingiu na segunda-feira (16) seu nível mais baixo em 120 anos de medição em Manaus. A marca quebra o recorde negativo de 2010 e confirma a seca de 2023 como a mais severa dos últimos tempos nesse ponto da amazônia brasileira.

Dados de medição do Porto de Manaus, levados em conta em análises e estudos do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), mostram que a cota do rio era de 13,59 metros na segunda. Em 24 de outubro de 2010, a cota foi de 13,63 metros, a pior medição registrada até então.

No início do mês, o governo Lula enviou ao Amazonas uma comitiva de ministros que foi chefiada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O mandatário se recupera de uma cirurgia na região do quadril.

A seca extrema na região é resultado de uma série de fatores. É possível, contudo, apontar três principais agentes causadores da crise hídrica: o El Niño, as altas temperaturas do Atlântico Norte e o aquecimento global causado pelas emissões de gases de efeito estufa. A degradação da amazônia também afeta a geração de umidade na floresta.

Durante a conversa por telefone, Lula e Petro trataram de outros assuntos, ligados à geopolítica mundial.

“Os dois presidentes também concordaram sobre a necessidade de paz no Oriente Médio e celebraram o acordo entre o governo venezuelano e a oposição do país em torno das eleições do ano que vem”, disse a Presidência da República, em nota.

RENATO MACHADO / Folhapress

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