BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (6) que o Congresso não deve aprovar uma reforma tributária que o governo deseja, mas exaltou o fato de ser aprovada uma mudança na cobrança de impostos do país em um período democrático.
“Reforma tributária só se faz em regime autoritário, quando o governo banca. E estamos fazendo em um regime democrático, negociando com todo mundo e ela vai ser aprovada. Não é o que cada um de vocês deseja, não é o que o Haddad deseja, não é o que eu desejo, mas tudo bem. Nós não somos senhores da razão”, disse.
Ele afirmou que o texto é fruto da relação com o Legislativo e que isso tem que ser respeitado.
“Temos que lidar com a relação de forças que estão no Congresso Nacional, os deputados que estão lá, bem ou mal, foram escolhidos pela sociedade brasileira, portanto merecem tanto respeito quanto eu acho que eu e o Alckmin merecemos”, declarou.
A declaração foi dada em reunião do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial), com participação de diversos ministros e entidades representativas de setores da indústria e da sociedade brasileira.
Na ocasião, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Comércio, Indústria e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o Executivo lançará uma nova política industrial para o país com estimativa de R$ 106 bilhões de investimentos que serão focados na inclusão socioeconômica, no incremento da produtividade e na sustentabilidade, entre outras ações.
O ministro também mencionou o complexo industrial da saúde, as cadeias agroindustriais e o aporte em inovação, descarbonização, infraestrutura e saneamento.
“No dia em que instala o conselho a possibilidade de termos um dia histórico, que é a aprovação da reforma tributária, que vai ser fundamental para a economia brasileira”, afirmou.
MATHEUS TEIXEIRA / Folhapress